Seleção feminina perde primeira partida no torneio olímpico de Tóquio/2021

Arte, site 7 Metros, Handebol Total

A quarta-feira, 28 de julho, definitivamente não foi o dia do handebol b-rasileiro em Tóquio. A Espanha derrotou o Brasil no masculino e no feminino, mantendo a escrita de jamais perder para nossas seleções em jogos amistosos.

Pelo grupo B, no feminino, as duas seleções jogaram às 23h de ontem (28/07), numa partida muito movimentada e com duas fases distintas: do começo até os 18 minutos do primeiro tempo o Brasil comandou as ações; a Espanha emparelhou o jogo nos últimos dez minutos da primeira etapa o jogo foi para o intervalo com um empate em 16 gols.

Na volta da segunda etapa, a Espanha marcou quatro gols e abriu um 20 a 16. Foi aí que começou a aparecer a figura da goleira Sílvia Navarro (foto abaixo), de 42 anos e três olimpíadas, que defendeu 16 chutes ao gol espanhol e foi a melhor jogadora da partida, praticamente ganhando o jogo para as ibéricas.

Sílvia Navarro, 1m e 67cm de altura e muito talento. Foto de arquivo

Mesmo perdendo por quatro gols, o Brasil não abdicou de jogar. Tentou de todas as maneiras reverter o placar, que no segundo tempo teimava em ficar favorável à Espanha três ou quatro gols. A grande mudança na defesa espanhola, em meados do primeiro tempo, foi a chave da vitória. O sete espanhol trocou uma defesa 6/0 por uma 5+1 alta, com muita flutuação, o que inibiu as ações de "um contra um", em que Bruna de Paula e Ana Paula Rodrigues estão entre as melhores do mundo.

O Brasil passou quase todo o segundo tempo com muita dificuldade de arrematar ao gol da Espanha. A vitória da seleção adversária se deu fundamentalmente por suas ações defensivas implacáveis, além do bom aproveitamento no ataque. O sete brasileiro perdeu a partida nos detalhes, nas poucas falhas coletivas e na queda de rendimento na defesa, em especial no segundo tempo. O brilho de individual de nossas atletas, diferentemente das duas primeiras partidas, esteve bem abaixo da média.

Com os outros dois jogos realizados pelo grupo B, exceto a Hungria que tem três derrotas, as demais seleções continuam na luta pela classificação. A Suécia lidera com cinco pontos, seguida de Espanha com quatro, Brasil, França e Rússia com três, e Hungria que não pontuou. De fato, o grupo é chamado de "da morte" não por acaso.

As duas últimas rodadas deverão ser emocionantes, com a Suécia com 90% de chances de se classificar, a Hungria com 95% de ser eliminada, enquanto Espanha, Brasil, França e Rússia lutam por três vagas às quartas de final.

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