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A origem do handebol (parte II)

O COI decidiu, em 1934, que o handebol seria um dos esportes da Olimpíada de Berlim, em 1936, o que realmente aconteceu com a participação de seis dos 26 países então filiados, com a Alemanha vencendo a Áustria no jogo final por 10 a 6, perante cem mil pessoas, no Olympia Stadium de Berlim.

 

Dois anos mais tarde, também na Alemanha, foi disputado o primeiro campeonato mundial, tanto no campo (8 participantes) como no salão (4 concorrentes). Tão logo terminou a II Guerra Mundial, os dirigentes de handebol reuniram-se em Copenhague, na Dinamarca, e fundaram a atual Federação Internacional de Handebol (IHF), com sede na Suécia, sob a presidência do sueco Costa Bjork.

 

Em 1950, a sede da Federação mudou-se para a Basileia, na Suíça. Mesmo sem a participação dos alemães, criadores do jogo, os campeonatos mundiais foram reiniciados no campo em 1948 (para homens) e em 1949 (para mulheres). No salão, já com os alemães, os certames foram reiniciados em 1954.

 

O handebol vem realizando, a cada dois anos, seus campeonatos mundiais. Já a participação nos Jogos Olímpicos, ocorre desde 1972, no masculino, e desde 1976 no feminino. Atualmente, Croácia, Dinamarca, França, Espanha, Noruega, Polônia, Sérvia, Suécia e Alemanha são os principais destaques na Europa. Nos outros continentes, Qatar, Japão e Coreia do Sul (Ásia); Egito, Tunísia e Argélia (África); Brasil, Argentina e Chile (América) têm obtido os melhores resultados no masculino. As principais forças no handebol feminino, por sua vez, são: Noruega, Rússia, França, Espanha, Dinamarca e Hungria (Europa); Coreia do Sul e Japão (Ásia); Angola, Egito e Caramões (África); Brasil, Argentina e Cuba (América).

 
Handebol no Brasil
 

A modalidade, até a década de 1960, ficou restrita a São Paulo. Depois, começou a ser praticada em escolas de todo o Brasil.  Em nosso país, o handebol como modalidade de campo foi introduzido em São Paulo por imigrantes, principalmente da colônia alemã, no início da década de 30. Nos anos 1960, o professor francês Augusto Listello, durante um curso internacional em Santos, apresentou a modalidade a professores de outros estados. Esses professores introduziram o esporte em seus colégios e, assim, o handebol começou a ser praticado nacionalmente.

 

Em 1971 o MEC incluiu o handebol entre as modalidades dos Jogos Estudantis e Jogos Universitários Brasileiros (JEB’s e JUB’s). Com isso, o esporte espalhou-se pelo país, com vários estados dividindo os títulos nacionais. Em 1973, a antiga CBD realizou em Niterói o 1º Campeonato Brasileiro Juvenil para ambos os sexos. No ano seguinte, em Fortaleza, iniciou-se a competição para adultos. Em 1980, um ano após a criação da Confederação Brasileira de Handebol, foi disputada a 1ª Taça Brasil de Clubes, na cidade de São Paulo, então sede da entidade.

 

Handebol nos Jogos Olímpicos
 

O handebol do Brasil fez sua estreia em Olimpíada na edição de Barcelona (Espanha-1992), com a Seleção Masculina, que terminou em 12º lugar. Na Olimpíada de Atlanta (Estados Unidos-1996), a Seleção Masculina ficou em 11º. Nas duas edições, o país herdou a vaga após Cuba ter desistido.

 

Diferentemente da equipe masculina, a Seleção Feminina colocou, pela primeira vez, o handebol do Brasil em uma Olimpíada por seus próprios méritos. Com o ouro conquistado nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (Canadá-1999), a equipe se classificou para os Jogos Olímpicos de Sidney (Austrália-2000). A edição foi especial e representou um marco para o handebol brasileiro, já que as meninas alcançaram o oitavo lugar e começaram a despertar atenção no cenário mundial. O reconhecimento internacional pelo trabalho desenvolvido pela CBHb trouxe patrocínios e as atletas passaram a ser convidadas para atuar na Europa.

 

Em 2004, mais uma vez, o Brasil carimbou o passaporte para os Jogos Olímpicos, dessa vez nos dois naipes, em Atenas (Grécia-2004). Com muito mais estrutura no plano de preparação, os meninos ficaram em décimo lugar e o feminino terminou em sétimo. Para Pequim (China-2008), a história se repetiu, depois que as Seleções conquistaram, de forma invicta, a classificação nos Jogos Desportivos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Na China, a equipe feminina terminou na nona colocação e a masculina, em 11º lugar, com um número maior de participantes. A partir dos Jogos de Pequim, o número de equipes participantes dos torneios de handebol passou de 10 para 12 seleções.

 

Na edição de Londres-2012, o Brasil confirmou para o mundo que o handebol do país havia conquistado seu espaço no cenário internacional. Sob o comando do técnico dinamarquês Morten Soubak, a Seleção Feminina fez história. A medalha não veio, mas a equipe verde e amarela conseguiu se classificar para as quartas de final, após garantir o primeiro lugar na fase de grupos, confirmando a melhor campanha da modalidade na história, até então, dos Jogos Olímpicos. Ao final da competição na capital britânica, o Brasil encerrou o torneio em sexto lugar, superando a sétima colocação conquistada em Atenas. O time masculino não se classificou para Londres/2012. 

Na Olimpíada de 2016, realizada no Rio de Janeiro, o Brasil conquistou seus melhores resultados, tanto no masculino como no feminino. A seleção feminina, sobre a qual havia uma grande expectativa da conquista de uma medalha, acabou ficando com a quinta colocação. No masculino, para surpresa de muitos, o Brasil conquistou o sétimo lugar, vencendo, na primeira fase, a Alemanha, que ficou com a medalha de bronze, e a Polônia, que vinha credenciada com um bronze no Mundial do Qatar, em 2015.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio/2021 não foram satisfatórios para as duas seleções nacionais; regredimos muito em resultados em relação à Olimpíada Rio/2016, quando o Brasil coquistou suas melhores colocações na modalidade: quinto lugar no feminino; e o sétimo dentre os homens.

A grande crise política envolvendo a CBHb, no ciclo olímpico de 2020, foi a principal razão do handebol ter ido mal em Tóquio. O Brasil perdeu patrocinadores, o que afetou duramente a estrutura das seleções entre 2017 e 2021. No feminino, o Brasil terminou na penúltima colocação (décimo primeiro lugar), a pior em seis olimpíadas  consecutivas. O masculino terminou em décimo lugar, à frente do Japão e da Argentina.

Fotos: divulgação Internet.

Com informações publicadas no site da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb).

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