Seleção feminina empata com a Rússia na estreia do torneio olímpico em Tóquio

Arte, site 7 Metros, Handebol Total

Brasil e Rússia fizeram a melhor das seis partidas que abriram o torneio feminino de handebol de Tóquio/2021. Foi um jogo em alta velocidade do começo ao fim, mostrando duas seleções que, mesmo com estilos diferentes, prometem lutar por pódio em Tóquio.

O selecionado verde e amarelo mostrou que os últimos dez anos, em que o handebol feminino pulou de promessa para elite da modalidade, deram ao grupo calma e maturidade para lidar com os momentos de dificuldade e nunca desistir da luta da vitória.

Foi uma partida em que Bruna de Paula (foto abaixo), goleadora do jogo com sete gols, e a canhota russa Anna Vyakhireva roubaram a cena no jogo individual, sendo responsáveis por grandes jogadas e muito gols. Ambas com estilos parecidos, com infiltrações rápidas e muitas fintas desconcertantes.

Bruna de Paula voando sobre a defesa russa

O primeiro tempo teve um leve predomínio das russas, com alguns arremessos certeiros de média distância, mesmo com a goleira Babi em noite inspirada (12 defesas). O reflexo disso ficou marcado no placar de 14 a 12 para as atuais campeãs olímpicas.

No segundo tempo, a equipe brasileira apertou a marcação sobre a craque do time russo, a lateral direita Vyakhireva , e isso surtiu efeito. O Brasil continuou correndo atrás do placar com dois ou três gols a menos, até que aos 14 minutos o sete brasileiro empatou a partida em 18 gols.

Babi Arenhart, paredão no arco brasileiro. Foto, arquivo CBHb

Os últimos 12 minutos foram de pura emoção com o Brasil fazendo um 22 a 20 aos 23 minutos. Porém, as russas empataram a partida em 22 gols. Faltando meio minuto para o final, a Rússia perdeu a chance de pular para o gol 25. Ao contínuo, faltando dez segundos, Bruna de Paula arremessou pressionada e a bola foi para fora, com o jogo terminando em 24 a 24, justo para o que renderam as duas equipes.

Jorge Dueñas esteve bem nas mexidas no equipe. Poupou Duda Amorim, que não esteve bem no ataque. Samara a substituiu a contento. Alexandra Nascimento, com 38 anos, esteve muito bem na ponta direita, a pivô Tamires Moreno achou as redes russas em quatro oportunidades. O time jogou bem coletivamente e a defesa foi muito regular.

O Brasil volta à quadra na segunda-feira, 26 de julho, diante da Hungria, e tem tudo para devolver as duas derrotas sofridas em amistosos recentes. O empate com a campeã olímpica, na estreia, deve ter turbinado as brasileiras que agora, mais do que nunca, podem sonhar com a inédita medalha olímpica.