Rússia, Suécia, Montenegro, Noruega, Espanha e Hungria rumo a Tóquio no handebol feminino
- Cláudio Moura
- 22 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de mar. de 2021

No último final de semana, 19, 20 e 21 de março, foram conhecidos os seis últimos países a se classificarem para o torneio feminino de handebol feminino de Tóquio, que agora se juntam aos campeões continentais (Angola, Brasil, França e Coreia do Sul), Holanda, atual campeã mundial e o Japão, país sede. A Oceania disputou com Austrália e Nova Zelândia o campeonato asiático, mas não se classificou nem para o pré-olímpico.
Não houve nenhuma grande surpresa dentre os classificados. Apenas o grupo 1, disputado na Espanha, foi muito equilibrado e decidido suas vagas pelo saldo de gols, pois os três países participantes terminaram as disputas com um vitória e uma derrota cada. A grande ausente do torneio olímpico, pela segunda vez consecutiva, é a Dinamarca, única tricampeã olímpica (1996, 2000 e 2004).

Disputado em Líria, na Espanha, o grupo 1 classificou a dona da casa, que tem um bronze olímpico (Londres/2012), e a Suécia, que no feminino vem crescendo muito na última década, buscando seguir o caminho dos homens que têm quadro pratas olímpicas (1992, 1996, 2000 e 2012).
A Argentina, mesmo tendo melhorado muito o nível técnico da sua seleção depois da Rio/2016, contando atualmente com mais de 20 atletas jogando na Europa, não teve força, regularidade e volume de jogo para passar por pelo menos uma das adversárias europeias e tentar sua segunda olimpíada no feminino, já que a alviceleste esteve na Rio/2016, como vice-campeã continental, mas ficou em último lugar com cinco jogos e cinco derrotas.
O grupo 2, disputado na cidade húngara de Gyor, onde joga há 11 anos a craque brasileira Duda Amorim, classificou as duas mais prováveis seleções antes do torneio. A Rússia fez a melhor campanha dos três grupos do pré-olímpico, mostrando que não é à toa que é considerada uma das melhores equipes historicamente do handebol feminino. Juntando União Soviética e Rússia, são três ouros olímpicos (1976, 1980 e 2016).
As húngaras, que venceram duas partidas e só perderam para as russas, apresentaram uma boa equipe e que têm condições para lutar por sua quarta medalha medalha olímpica (foram bronze em 1976, 1996 e prata em 2000).
A Sérvia, que sob a denominação de Iugoslávia tem um um ouro olímpico em 1984 e uma prata em 1980, fez boas partidas contra Rússia e Hungria, mas não foi o suficiente para passar pelas rivais continentais e classificar-se a Tóquio/2021. O Cazaquistão decepcionou com três duras derrotas e a pior campanha de todo o pré-olímpico.
O grupo 3, disputado na cidade de Podgorica, capital de Montenegro, foi o mais emocionante e equilibrado de todo o torneio. Até a últma rodada, no domingo (21), as três seleções poderiam conquistar duas das vagas. Os três países terminaram com um triplo empate com uma vitória e uma derrota cada.
A Romênia precisava de uma vitória por cinco gols sobre Montenegro para garantir sua vaga, já que o Noruega já estava classificada. Num jogo muito equilibrado (15 a 15 no primeiro tempo), onde a Romênia correu atrás do placar todo o segundo tempo, a etapa final foi de muita emoção.
Nem os quatro gols consecutivos da craque Cristina Neagu foram capazes de chegar aos cinco gols que dariam vaga olímpica às romenas. 28 a 25, foi o placar que carimbou o passaporte de Montenegro, pequeno país dos Bálcãs com menos de 700 mil habitantes, para Tóquio/2021. As montenegrinas possuem um medalha de prata em Londres/2012.
Galeria de fotos da última rodada do pré-olímpico feminino...
Grupo 1 (Espanha x Argentina)
Grupo 2 (Sérvia x Cazaquistão)
Rússia x Hungria

Grupo 3 (Montenegro x Romênia)
As seis seleções classificadas no pré-olímpico...
Rússia
Suécia
Hungria
Montenegro
Espanha
Noruega (foto de arquivo)
Vídeo produzido pela IHF mostrando as 12 seleções que estarão em Tóquio/2021...
Com fotos, arte e vídeo da IHF.
Comments