França conquista o ouro inédito no torneio de handebol feminino em Tóquio/2021

Diferentemente das partidas do torneio masculino na disputa por medalhas, as duas do naipe feminino tiveram vencedores incontestáveis, em especial na disputa pelo bronze, quando a Noruega atropelou a Suécia, apática e sem inspiração. A França esteve absoluta contra a Rússia e dominou a final de ponta a ponta, devolvendo a derrota da final na Rio/2016 e conquistando a medalha de ouro.

A Suécia é a seleção feminina que mais evoluiu no último ciclo olímpico e mesmo sem ter títulos mundiais de expressão fez uma excelente fase de grupos. Perdeu para a França uma das semifinais por dois gols, placar normal. Era esperado um clássico escandinavo bem mais equilibrado. Porém nào foi isso que ocorreu.

A Noruega dominou o jogo nos 60 minutos da partida. A Suécia esteve irreconhecível na ataque, passando 11 minutos sem marcar no primeiro tempo. A partida foi ao intervalo com um contundente 19 a 7 para as norueguesas; placar desamimador para quem precisa virar uma partida.

O segundo tempo seguiu na mesma toada. A Noruega marcando nos contra-ataques e no ataques sustentados, enquanto as suecas fartavam-se de criar oportunidades e desperdiça-las. A partida chegou ao final com uma vitória contundente da Noruega por 36 a 19. As norueguesas repetem o bronze conquistado no Rio de Janeiro/2016.

A seguir, texto publicado pela IHF sobre a grande final feminina de Tóquio/2021...

Cinco anos depois de sofrer uma derrota em sua primeira final olímpica, a seleção feminina francesa finalmente selou sua primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, com uma vitória enfática por 30:25 sobre a atual campeã, a Rússia. Isso gerou uma dobradinha sem precedentes para o handebol francês, depois que a seleção masculina também conquistou a medalha de ouro no sábado, com uma vitória de 25:23 sobre a Dinamarca.

Foi um triunfo de persistência e coragem da França, que venceu apenas duas vezes em seus primeiros quatro jogos na fase de grupos, para organizar um confronto de mata/mata contra o Brasil e seguir para a fase eliminatória em Tóquio 2021. No entanto, a vitória de 29:22 deu à França confiança renovada, com a equipe do técnico Olivier Krumbholz conquistando quatro vitórias consecutivas, incluindo uma sobre a Holanda, por 32 a 22, nas quartas de final e uma vitória de 29:27 sobre a Suécia nas semifinais.

Depois de sofrer uma derrota por 27:28 na fase de grupos contra o Rússia, a França pode ter parecido sortuda, mas fez um jogo perfeito para garantir o título olímpico pela primeira vez. Pauletta Foppa, uma pivô de 20 anos, foi a artilheira da França na final, com sete gols, mas também no torneio, onde converteu 34 de seus 42 arremessos. A experiente atacante Alisson Pineau marcou mais sete gols, mas a diferença foi feita no segundo tempo por nove defesas da goleiro Cleopatre Darleux, que parou o time do russo em seu caminho.

Depois da União Soviética, em Montreal/1976, e da Iugoslávia em Los Angeles/1984, a França tornou-se apenas o terceiro time a vencer os torneios olímpicos de handebol masculino e feminino, preparando-os perfeitamente para a defesa do título daqui a três anos, quando os Jogos Olímpicos acontecerão em Paris.