Egito vence o Chile e convence na estreia do Mundial Masculino

Mesmo sem a presença da sua fanática torcida, devido à covid-19, os egípcios mostraram o porquê estão ranqueados entre as 15 melhores seleções do mundo, a única no seleto grupo que não é europeia. Jogando no Cairo, os "Faraós" fizeram um primeiro tempo arrasador, aproveitando-se de algumas falhas do ataque chileno.

Ao intervalo, a vitória de 11 a 8 se mostrava maiúscula e incontestável, o que ao final se confirmou. Os transandinos voltaram melhores no segundo tempo e fizeram 12 minutos de um handebol de boa qualidade, na segunda metade da etapa final, chegando a diminuir a diferença para cinco gols. Porém, nos minutos seguintes, o Egito retomou o volume de jogo, saiu de um apagão momentâneo, vencendo ao final, sem sustos, por 35 a 29.

A seguir, uma análise detalhada da partida inaugural do 27 Mundial de Handebol Masculino, no Egito, com a equipe de jornalismo da IHF...

GRUPO G

Egito x Chile 35:29 (18:11)

Foi o lateral-esquerdo do Egito, Yahia Elderaa, quem marcou o primeiro gol do torneio com quase dois minutos de jogo. Embora o chileno Esteban Salinas tenha empatado em 1: 1 e depois em 2: 2, as duas seleções nunca mais empataram, já que a seleção africana levou a partida sob seu firme controle.

Os Faraós eram compactos na defesa e poderosos no ataque, o que os ajudou a conquistar uma vantagem de 8: 3 aos 13 minutos. Todos os três gols chilenos até então haviam sido marcados pelo jogador de linha Salinas, que logo depois poderia adicionar um quarto, mas perdeu um pênalti.

No meio do primeiro tempo, a La Roja reduziu a diferença para 5: 8 depois que seu goleiro Felipe Barrientos marcou espetacularmente do seu próprio arco. No entanto, o Chile sofreu muitas suspensões de dois minutos, o que obviamente não o ajudou a se aproximar.

Os egípcios. muito físicos, encontraram espaço suficiente na defesa de seus rivais e continuaram a aumentar sua vantagem. Enquanto Elderaa marcava cinco gols em cinco tentativas no primeiro tempo, os Faraós lideravam com sete gols no intervalo, 18:11. Enquanto a defesa parecia sólida, o goleiro Karim Hendawy fez apenas duas defesas no primeiro tempo e foi substituído por Mohamed Eltayar, que fez um trabalho melhor após o intervalo e ajudou sua equipe com sete defesas.

O cartão vermelho para Javier Frelijj, do Chile, no início do segundo tempo, após sua terceira suspensão de dois minutos, foi outro golpe para a seleção sul-americana. Quando o Egito liderou por 27:18 aos 45 minutos, a partida parecia encerrada. No entanto, os chilenos pareciam mais revigorados no último quarto da partida, melhoraram a defesa e pressionaram os rivais.

Os irmãos Erwin e Emil Feuchtmann lutaram muito, assim como Esteban Salinas - e depois de uma boa corrida de 5: 1, os homens de Mateo Garralda reduziram a diferença para 23:28 a dez minutos do fim. Ainda assim, o Egito manteve a calma e estabilizou o jogo, que acabou levando a equipe a uma vitória de seis gols. Yahia Elderaa (foto abaixo) foi eleito o melhor em quadra.

Declarações após a partida

Roberto Garcia Parrondo, treinador do Egito: "jogamos muito bem na primeira parte, o ataque e a defesa funcionaram bem e conseguimos uma vantagem sólida. Na segunda parte também fizemos uma boa exibição durante cerca de dez minutos, mas depois tivemos grandes problemas, pois jogamos sete ou oito minutos muito maus. É por isso que estou um pouco frustrado, porque se quisermos ganhar mais partidas, os jogadores devem dar o seu melhor durante 60 minutos."

Mateo Garralda, treinador do Chile: "parabéns ao Egito, eles fizeram um grande jogo. Na primeira parte tivemos muitos problemas no ataque e na defesa. No entanto, estivemos muito melhor na segunda parte, melhoramos a defesa e o goleiro. Reduzimos o déficit para cinco gols e tivemos a chance de reduzir para quatro. No entanto, depois do intervalo também perdemos algumas bolas importantes, o que nos impediu de colocar mais pressão sobre os nossos rivais".

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