Duas campeãs mundiais começam com empates suas participações no Mundial masculino do Egito

A sexta-feira (15/01) foi o segundo dia do Mundial Masculino de Handebol do Egito e teve mais oito partidas, todas dando início às disputas no grupos A, B, C e D. Em cinco jogos houve muito equilíbrio; em outros dois ocorreram goleadas; e num uma vitória confortável.

Deu a lógica na maioria dos jogos. Somente Espanha, campeã mundial em 2005 e 2013. além da Croácia, que tem o título de 2003, empataram seus jogos, diante do Brasil e do Japão, respectivamente, o que não chegou a ser surpresa, mas que não chegou a ser os resultados esperados dentre muitos analistas da modalidade.

Grupo A: (Alemanha x Uruguai, e Hungria/Cabo Verde)

Foram os resultados mais previsíveis da rodada, com dois países muito fortes e tradicionais no handebol (Alemanha e Hungria), e Uruguai e Cabo Verde contrastando como dois estreantes.

A Alemanha não teve dificuldades diante ao Uruguai. Dominou por completo o jogo, vencendo o primeiro tempo por 16 a 4. A seleção Charrua que só tem quatro profissionais, que jogam na Espanha, sentiu os reflexos do nervosismo da estreia, além do fato de 16 de seus aletas terem que dividir o handebol com suas profissões de origem. Mesmo assim, o goleiro Felipe Gonzalez foi eleito o MVP do jogo, com 16 defesas. No segundo tempo, o ritmo de jogo alemão aumentou, enquanto o Uruguai cansou e não teve forças para reagir. A goleada dura foi o fiel retrato de dois perfis completamente opostos no handebol mundial. Final, 43 a 14 para a Alemanha.

A Hungria enfrentou, ao menos na estreia, um adversário mais qualificado. Cabo Verde, que devido a um surto da covid-19, trouxe apenas 11 jogadores, o que tirou muito poder dos africanos, foi um rival de respeito. Mesmo assim, foram adversários que exigiram da seleção Magiar, ao ponto do primeiro tempo ter terminado 19 a 14 para os húngaros. O segundo tempo foi menos intenso de ambas as partes, o que não tira o mérito de Cabo Verde, que mostrou uma equipe forte fisicamente e com uma boa técnica. Ao final, a Hungria venceu por 34 a 27.

Grupo B (Espanha x Brasil, e Polônia x Tunísia)

Foi o grupo que teve as partidas mais equilibradas da rodada. Espanha e Brasil fizeram o jogo mais emocionante do torneio até aqui. Com o Brasil fazendo os últimos 15 minutos da partida espetaculares, tirando uma diferença negativa de seis gols, fez com que a Espanha chegasse ao empate a poucos segundos do final. Foi um 29 a 29 marcante, depois de um 16 a 13 para os espanhóis ao final do primeiro tempo. (análise mais detalhada e com fotos, no post anterior so site).

Tunísia e Polônia não deixaram por menos e fizeram outro grande jogo. Os poloneses, com uma seleção totalmente renovada em relação ao jogos olímpicos do Rio de Janeiro/2016, com um média de idade de 23 anos, foi um grande adversário aos vice-campeões africanos. A Tunísia foi melhor durante quase todo o primeiro tempo, mas permitiu o empate ao intervalo em 17 gols.

Os polacos voltaram melhores na etapa final e aos 13 minutos abriram quatro gols, com uma atuação de gala do lateral direito Arkadiusz Moryto, que anotou 11 gols em todo o jogo. A Tunísia reagiu e faltando três minutos para o fim perdia de 28 a 27, mas faltou forças para ao menos empatar, caindo de pé por 30 a 28. Parece que o "grupo da morte", como foi apelidado, está longe ainda se saber quais os três que passarão à fase seguinte. A Polônia está com uma boa vantagem por ter vencido. No domingo (17/01) terá a segunda rodada, que promete muito.

Grupo C ( Angola x Qatar, e Croácia x Japão)

Angola e Qatar foi o primeiro jogo da rodada da sexta-feira, às 11h e 30min, horário de Brasília. Foi outro ótimo jogo, com Angola fazendo um ótimo primeiro tempo, mesmo decaindo nos minutos finais, o que rendeu ao Qatar um vitória parcial, ao intevalo de 14 a 13.

O vice-campeão asiático e vice-mundial em 2015, voltou melhor para a etapa final com sua equipe multinacional formada por cubanos, sérvios, egípcios, franceses e o técnico espanhol Valero Rivera, além de um grupo de nacionais, chegando a abrir seis gols. Angola baixava o marcador para dois ou três gols, mas o Qatar manteve-se regular o tempo todo e fechou o jogo em 30 a 25, devolvendo a derrota sofrida no mundial de 2019 (Dinamarca/Alemanha).

Na outra partida, a Croácia suou um litro certinho para empatar no último minuto do jogo com o Japão, em 29 a 29, com um gol do ponteiro direito Ivan Cupic. Os japoneses estiveram melhor o jogo todo, vencendo o primeiro tempo por 17 a 14, contra uma Croácia errando muito no ataque. Lino Cervar, técnico croata, conseguiu com que sua equipe ao menos equilibrasse a partida e só nos últimos minutos a Croácia conseguiu empatar, resultado que soou com vitória pelo histórico do jogo.

Grupo D: ( Argentina x RD Congo, e Dinamarca x Barhein)

A Argentina foi surpreendida pela República Democrática do Congo, no primeiro tempo, perdendo por 14 a 13, depois de cometer muitos erros ofensivos e disparar cino bolas na trave congolesa. Manolo Cadenas, o técnico espanhol, acertou o time no ataque e o goleiro Juan Bar fez oito importantes defesas, ajudando na vitória alviceleste ao final por 28 a 22. Os jogadores de Congo admitiram nervosismo na etapa final e muitos erros no ataque, mesmo achando que fizeram uma boa estreia.

Os dinamarqueses provaram o porquê são os atuais campeões olímpicos e mundias, ao passar com conforto pelo Barhein 34 a 20 (19 a 10 no primeiro tempo), vencendo a partida de ponta a ponta e sem sustos. Mesmo com algumas lesões e dois casos de covid-19, o grupo dinamarquês não perdeu a qualidade, mostrando a que veio no mundial de 2021.

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Qatar x Angola