Brasil se despede do torneio masculino com derrota e termina em décimo lugar na olimpíada de Tóquio

Arte, site 7 Metros, Handebol Total

O Brasil se despediu da sua sexta participação do torneio masculino de handebol, em Tóquio, com uma derrota para a Alemanha por 29 a 25, o menor placar nas derrotas brasileiras para os germânicos em jogos oficiais. A partida foi às sete e meia da manhã. O Brasil encerrou sua participação com quatro derrotas e uma vitória. Na classificação geral, ficamos em décimo lugar, à frente do Japão e da Argentina, a única seleção que perdeu todos os jogos.

Foi a melhor partida coletiva do Brasil. O sete brasileiro esteve à frente do placar até os 24 minutos do primeiro tempo, com uma excelente atuação do central João Pedro (foto abaixo). O goleiro Ferrugem, até então com sete defesas, teve uma torção no joelho aos 22 minutos e foi substituído por Rangel. A partir de então, a Alemanha empatou aos 26 minutos e fechou o primeiro tempo com um 16 a 12, depois do Brasil perder três gols na posição de pivô, em menos de dois minutos, cara a cara com o gigante Bitter, goleiro de dois metros e dois de altura, que fechou o arco alemão com 13 defesas. Em cinco minutos, o Brasil perdeu a vantagem arduamente construída durante todo o primeiro tempo.

João Pedro, o melhor brasileiro no torneio olímpico

O segundo tempo teve a volta com a Alemanha comandando o placar. Chegou a abrir um 21 a 14 antes dos 15 minutos. Pacientemente, depois de perder alguns gols, na volta do vestiário o sete brasileiro foi trocando gols com os alemães, até que aos 24 minutos ficou dois gols atrás (23/25). Quando o Brasil iria ficar a um gol do empate, o pivô Rogério Moraes disparou a bola no travessão alemão. Ato contínuo, até o final do jogo, o Brasil marcou mais dois gols e a Alemanha quatro, com o placar fechando em 29 a 25.

No geral, o Brasil fez uma boa campanha, levando em conta a tradição e a qualidade dos quatro europeus que estavam na chave A. Não avançou devido aos erros individuais e coletivos em momentos cruciais das partidas, onde falhamos quando não podíamos. A mesma coisa ocorreu com a Argentina, que também fez bons jogos, mas sofreu apagões, o que não é permitido, a quem quer chegar ao pódio, com adversários tão fortes e vitoriosos.

A seguir, resumo da partida feito pelo site Dois Minutos...

A bola começou com o ataque alemão. O primeiro gol saiu aos 56”, a Seleção Brasileira empatou na sequência. Não demorou para os alemães marcarem (2-1). O começo do confronto foi assim, duas equipes jogando de igual para igual. João Pedro empatou, Borges virou (3-4). O Brasil passou a dominar. A Alemanha empatou, mas os brasileiros conseguiam se manter a frente. Até os 26′, já sem Ferrugem no gol. a Seleção estava na frente (10-12). Os alemães empataram e o escrete sul-americano desacelerou. Errou arremessos a gol e não conseguia repor a defesa com velocidade; assim, o time europeu conseguiu abrir uma vantagem de quatro gols. Placar Parcial: ALE 16 x 12 BRA.

Segundo tempo de equilíbrio

O árbitro apitou o início do retorno e Haniel balançou a rede alemã (16-13). O Brasil melhorou e passou a jogar de igual para igual. Não faltaram momentos de gol lá e gol cá. Porém, inicialmente, os alemães atacaram melhor e abriram a vantagem para +6 (19-13). Marcus Tatá pediu tempo técnico e reorganizou a equipe. Afinal, um novo apagão não era bem-vindo.

A reorganização deu certo. A Seleção Brasileira passou a atacar melhor e defender no 1 contra 1, sistema 6-0. Isso assustou os alemães que passaram a errar muitas trocas de passes. A seleção alemã conseguia manter a vantagem de +4 gols em razão dos contra-ataques e nas defesas de Bitter. O goleiro alemão defendeu boa parte dos arremessos a gol do Brasil, algumas vezes dando bronca na sua defesa.

O último gol do confronto foi verde, amarelo e azul, marcado por Leonardo Dutra. Placar Final: ALE 29 x 25 BRA. O artilheiro do embate foi Leonardo Dutra, com sete gols marcados. A Seleção Brasileira se despediu dos Jogos de Tóquio em quinto da Chave A, totalizando 1 vitória e 4 derrotas.