Brasil joga com grandes chances de avançar de fase pelo grupo G do mundial feminino da Espanha
- Cláudio Moura
- 25 de nov. de 2021
- 4 min de leitura

A seleção feminina adulta disputa entre 1 e 19 de dezembro o primeiro mundial do ciclo olímpico Paris/2024. Será o primeiro passo para voltar para elite mundial, depois de um ciclo/Tóquio/2020, quando o Brasil não foi bem, culminando com um décimo primeiro lugar na última olimpíada, pior colocação brasileira em seis olimpíadas.
Sob a nova direção do pernambucano Cristiano Rocha, que foi auxiliar técnico nas duas últimas olimpíadas, e agora assume o cargo de treinador, o Brasil tem boas chances de fazer um bom mundial. O grupo G dá esperanças de que o Brasil termine em primeiro lugar e avance da fase.
Brasil, Croácia, Japão e Paraguai são as quatro seleções que lutam por três vagas. O Paraguai é disparado a equipe mais fraca. Precisa de um milagre para vencer um jogo e avançar para a segunda fase. Brasil e Croácia são as melhores equipes, mas o Japão é sempre perigoso, com um jogo muito rápido no ataque.

A seguir, um resumo do grupo G do mundial feminino da Espanha, feito pela IHF...
Oito anos atrás, o Brasil produziu uma das maiores surpresas da história do handebol feminino ao conquistar o primeiro título mundial da IHF. Foi um torneio impecável na Sérvia 2013 para o time sul-americano, apenas dois anos depois de perder apenas um jogo e terminar em quinto lugar em casa. Desde então, o Brasil nunca mais conseguiu replicar sua forma, terminando em 10º na Dinamarca/2015 ,caindo para 18º na Alemanha/2017 e 17º no Japão/2019.
Da equipe vencedora na Sérvia 2013, poucas jogadores foram selecionados para a lista provisória para a Espanha 2021, como Barbara Arenhart, Jéssica Quintino e Ana Paula Rodrigues Belo, liderando a linha à frente das jovens talentosas, ávidas por títulos. No entanto, o maior golpe veio no final de outubro, quando a lateral Eduarda Amorim Taleska, jogadora que já vestiu a camisa da seleção nacional 215 vezes e marcou 701 gols pela seleção, anunciou sua aposentadoria 15 anos após sua estreia na seleção adulta.

A potiguar Samara Vieira, de 29 anos, talento no ataque
“Mesmo antes do início da pandemia COVID-19, pensei em terminar minha carreira internacional depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Agora posso dizer, de todo o coração, que esta é a decisão correta. “Tenho orgulho do que tenho conquistado com a camisa da seleção nacional, sempre dando tudo o que tenho pelo Brasil. Foi um prazer jogar com diferentes gerações, trabalhar com profissionais excepcionais e superar tantos desafios ”, disse Duda Amorim em post no seu Instagram anunciando sua aposentadoria.
Os ventos da mudança sopraram forte para o Brasil após os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, onde a potência sul-americana terminou em 11º, sua pior colocação em seis edições da competição. O técnico espanhol Jorge Dueñas, que comanda a equipe desde 2017, foi substituído por Cristiano Rocha, após às Olimpíadas, onde o Brasil ainda conseguiu empatar com os medalhistas de prata, a Rússia, e venceu a Hungria. No entanto, elas encerraram o torneio com uma seqüência de três derrotas consecutivas, o que basicamente sinalizou a necessidade de mudança.
Rocha, ex-adjunto de Morten Soubak, técnico que levou o Brasil à medalha de ouro na Sérvia 2013, e a Dueñas, agora tem muita experiência e conhece o time de dentro para fora, está pronto para levar o Brasil de volta ao topo na próxima anos. Sua estreia foi perfeita, vencendo o Campeonato Feminino da América do Sul e Central com facilidade, garantindo cinco vitórias em cinco jogos, incluindo uma vitória de 31:22 contra a rival Argentina.
“Este é um momento muito importante na minha vida profissional. Todo mundo sonha em ser o técnico da Seleção Brasileira e para mim não é diferente. Acredito estar preparado e motivado para fazer o meu melhor pelo nosso país. “O principal desafio é fazer o Brasil lutar novamente pelas primeiras colocações nas principais competições internacionais e, claro, se qualificar para os Jogos Olímpicos”, disse Rocha, segundo o site da Federação Brasileira de Handebol.

Cristiano Rocha, técnico da seleção
Crucial para esse projeto é o surgimento da talentosa Bruna de Paula, que foi fundamental para ajudar o Nantes Atlantique Handball a vencer a DELO EHF European League na temporada passada. Sua transferência para o Metz Handball neste verão deve ajudar a lateral direita de 25 anos, que também pode jogar como lateral-esquerda, ganhar mais experiência ao mais alto nível e, com isso, ajudar o Brasil a se tornar mais imprevisível no ataque. A experiência está aí, com Bárbara Arenhart, no arco, ou Ana Paula Belo pronta para atacar em todas as ocasiões, já que este também poderá ser o último Campeonato Mundial Feminino da IHF para ela.
Principais jogadores: Barbara Arenhart (goleira), Bruna de Paula Almeida (lateral esquerda), Ana Paula Rodrigues Belo (armadora central). Qualificação para a Espanha 2021: 2021 Campeonato Feminino da Confederação de Handebol da América do Sul e Central História no torneio: 1995: 17, 1997: 23, 1999: 16, 2001: 12, 2003: 20, 2005: 7, 2007: 14, 2009: 15, 2011: 5, 2013: 1, 2015: 10, 2017: 18º 2019: 17º. Grupo na Espanha 2021: Grupo G (Croácia, Japão, Brasil, Paraguai).

Bruna de Paula, talento e explosão no ataque brasileiro
Vídeo promocional com as equipes do grupo G do mundial feminino da Espanha...
Com informações, fotos e logomarcas da IHF .
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