Análise do grupo C do Mundial masculino do Egito/2021
- Cláudio Moura
- 4 de dez. de 2020
- 4 min de leitura

O grupo C do Mundial masculino do Egito, em janeiro de 2021, será disputado em Alexandria, segunda maior e mais importante cidade do país dos faraós. A Croácia, a mais forte seleção da antiga Iugoslávia, é a grande favorita para ficar com a primeira colocação.
O país dos Bálcãs está entre as seis maiores forças do handebol mundial desde a conquista do ouro olímpico em Atlanta/1996, feito esse repetido em Atenas 2004. Os croatas também levaram o bronze em Londres/2012, além de ter um mundial, em Portugal/1993.
O Qatar viveu um grande momento entre 2013 e 2015, quando chegou em segundo lugar no mundial que sediou, sendo o único país não europeu a ganhar uma medalha de prata na história dos mundiais. Angola e Japão devem lutar pela terceira e última vaga do grupo à fase seguinte. Duas escolas bem distintas, com os angolanos com um jogo muito físico, enquanto os japoneses apostam na velocidade e na resiliência para tentar vencer seus adversários.

A seguir, uma radiografia completa do grupo C, feita pela IHF...
Pode haver pouca separação entre as equipes do Grupo C no 27º Campeonato Mundial Masculino da IHF, já que as quatro seleções parecem prestes a ter uma chance de lutar para avançar para a próxima fase. Embora a Croácia seja a favorita para terminar na liderança do grupo com sua experiência e profundidade, o time europeu ainda tem uma tarefa difícil pela frente contra três equipes altamente motivadas com muita experiência em Campeonatos do Mundo e grandes expectativas.
O técnico Lino Cervar pode ser a principal vantagem da Croácia. O Egito 2021 será o oitavo Campeonato Mundial Masculino da IHF para o treinador de 70 anos, já que a lenda croata concordou em permanecer no cargo até os Jogos Olímpicos de Tóquio, desde que sua equipe se classifique. Este será o sexto Campeonato Mundial de Cervar como técnico da Croácia, com sua mente tática e conhecimento de handebol sendo cruciais em 2003, quando a Croácia conquistou a medalha de ouro em Portugal, e em 2005 e 2009, quando o “Kauboji” terminou em segundo. Ele também levou a Croácia à medalha de ouro olímpica em Atenas/2004, bem como ao segundo lugar nos campeonatos europeus de 2008, 2010 e 2020.
Com o handebol croata em alta, com jogadores como o ala direito Ivan Cupic e o ala esquerdo Manuel Strlek voltando, a equipe de Cervar parece pronta para uma vaga na rodada principal, especialmente porque seus adversários são familiares. A Croácia venceu o Japão duas vezes em suas duas partidas anteriores no Campeonato Mundial, 34:25 na Tunísia 2005 e 35:27 na Alemanha / Dinamarca 2019.

Lino Cervar, técnico campeão mundial em 2003 e olímpico em 2004
No entanto, a história é um pouco diferente com o Qatar, já que o time asiático derrotou a Croácia nos Jogos Olímpicos de 2016, 30:23. O vice-campeão do EHF EURO 2020 terá a chance de vingança quando as equipes se encontrarem em 19 de janeiro.
O Qatar é uma das equipes favoritas para avançar para a próxima fase da competição, apesar de não atender às expectativas nos últimos dois Campeonatos Mundiais depois de ficar em segundo lugar no Catar 2015. O lado asiático vai tentar se recuperar do oitavo lugar na França 2017 e seu 13º lugar há dois anos.
O Qatar chegará confiante sabendo que derrotou a Croácia e teve um tremendo sucesso contra o Japão nos últimos anos, incluindo mais recentemente uma vitória por 36:28 no Campeonato Asiático Masculino AHF de 2020.

Rafael Capote, cubano que se naturalizou em 2013 pelo Qatar
Mas o Qatar ainda busca aquela vitória esquiva sobre Angola, que pode selar o passagem para uma vaga na rodada principal. Angola venceu os dois jogos entre as duas equipas, incluindo um jogo decisivo de 24:23 há dois anos, a sua única vitória na fase de grupos, que basicamente tirou o Qatar da disputa por uma vaga fase seguinte no Mundial da Alemanha/Dinamarca/2019.
No entanto, o Qatar terá experiência e coesão do seu lado, com jogadores importantes a jogar nas habilidosas competições nacionais da liga local, sendo que muitos deles já jogaram com o treinador Valero Rivera nos últimos anos. O jogo decisivo para Angola e Japão será aquele em que se enfrentam - a última partida do Grupo C, em 19 de janeiro. Nenhuma das equipes avançou para a fase principal e o confronto entre os dois lados provavelmente decidirá quem ganhará essa vaga indescritível.

Angola X Japão, partida que deve decidir quem avança no mundial
Este será o terceiro Campeonato do Mundo consecutivo em que Angola e Japão se cruzam, com as duas partes a negociarem vitórias: o Japão dominou o lado africano na França 2017, 37:26, enquanto Angola vingou essa derrota dois anos depois, conquistando a colocação 23/24 combinar 32:29.
A pressão certamente recairá sobre o Japão para melhorar em relação há dois anos, de olho nos Jogos Olímpicos do próximo verão, onde já garantiu uma vaga como país-sede.Todos os jogos do Grupo C serão disputados no Borg Al Arab Sports Hall (fotos abaixo) nos dias 15, 17 e 19 de janeiro. Mais informações sobre o 27º Campeonato Mundial Masculino da IHF podem ser encontradas aqui.

Arena de Alexandria, com 5 mil lugares, será a sede do grupo C

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