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Brasil estará no grupo B do Mundial masculino do Egito em janeiro de 2021

  • Cláudio Moura
  • 6 de set. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 20 de nov. de 2020


O Brasil conheceu na noite de sábado, 5 de setembro, na cidade de Giza, os seus adversários na primeira fase do Vigésimo Sétimo Mundial masculino adulto, que será jogado pela primeira vez por 32 seleções em três cidades do Egito (Cairo, 2 ginásios, Giza, 1 ginásio, e Alexandria, 1 ginásio), em janeiro de 2021. O sorteio, ao ar livre, foi realizado aos pés das milenares pirâmides da cidade de Giza, num belíssimo espetáculo que uniu a riquíssima história local com o que há de mais moderno em termos de tecnologia.

Conforme consta no regulamento da competição, foram sorteados os oito grupos com quatro seleções em cada um deles. Avançam à fase seguinte, as 24 seleções melhores colocadas na primeira fase, sendo as três primeiras de cada grupo, que na segunda fase disputam em quatro chaves de seis países cada, as oitos equipes que farão as quartas de final.

Os grupos da segunda fase serão formados da seguinte maneira: os três primeiros dos grupos A e B; os três primeiros dos grupos C e D; os três primeiros dos grupos E e F; e os três primeiros dos grupos G e H. Os oito últimos colocados da primeira fase, como prêmio de consolação, estarão na luta pela conquista da tradicional "Taça do Presidente", que já é realizada há algumas edições dos Mundiais organizados pela IHF.

Seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Lima/Peru/2019

O grupo do Brasil e as chances de classificação

O Brasil estará num grupo bem equilibrado, o B, que conta com a Espanha (atual campeã europeia), a Tunísia, (vice-campeã africana), e a Polônia, que mesmo não vivendo um bom momento devido à renovação do elenco, é uma seleção que tem um histórico de respeito na Europa, tendo ficado com o quarto lugar na Olimpíada/Rio-2016. Os polacos só estão no mundial devido ao convite que foi feito pela IHF, assim como a Rússia. A duas tradicionais seleções não se classificaram pelo atual ranque europeu, critério usado para qualificar as seleções do continente, já que não houve eliminatórias na região em virtude da covid-19.

Se o Brasil atuar como no último mundial da França/Dinamarca, em janeiro de 2019, as chances de se classificar, aos menos em segundo lugar, são enormes. O que não pode ocorrer novamente é a performance pífia nos Jogos Pan-Americanos de Lima/Peru, em 2019, quando o Brasil fez uma competição apática e ficou apenas com o bronze, sendo derrotado pelo Chile numa das semifinais.

O Brasil conta atualmente com o melhor elenco do handebol masculino adulto da sua história. O técnico Washington Nunes pode contar com pelo menos 30 atletas de alto nível, a maioria jogando nas Ligas da Europa (Espanha, Romênia, Portugal, França...), para escolher os 16 que irão ao Egito em janeiro de 2021. Algo que é igualmente fundamental para o Brasil fazer uma boa competição no mundial, dando ritmo de jogo ao grupo, é o calendário de treinamentos e torneios amistosos até janeiro de 2021.

As chances dos outros quatro países do Continente Americano no Mundial de 2021

A Argentina, atual campeã da região Centro/Sul das Américas, é a seleção com maiores chances de avançar de fase no mundial. Os alvicelestes, que estão no grupo D, ao lado da Dinamarca, atual campeã mundial e olímpica, não deverão ter problemas contra a estreante República Democrática do Congo e com o Bahrein, atual campeão asiático, devendo conquistar pelo menos a segunda colocação no seu grupo.

Outro estreante em mundiais será o Uruguai, que conquistou vaga ao ficar em terceiro lugar no torneio regional, jogado em Maringá/PR em janeiro de 2020. Os Charruas estão no grupo A, ao lado da Alemanha, da Hungria e de Cabo Verde, outro estreante, que ficou em quinto lugar na Taça Africana de nações, disputada em janeiro último na Tunísia. Basta uma vitória simples sobre os africanos, o que é muito possível de ocorrer, para que o Uruguai avance de fase.

As outras duas vagas do continente ainda estão em aberto. Deverão ser conhecidas em outubro numa repescagem geral do continente, já que a IHF decidiu cancelar o torneio classificatório da América do Norte e Caribe, devido aos impasses causados pela covid-19, que atrasaram a realização do evento. Portanto, especula-se que seis seleções lutarão pelas duas vagas restantes para mundial. O torneio será jogado em El Salvador com a participação dos anfitriões, do Chile e, a confirmar, Cuba, Porto Rico, México e Estados Unidos. A fórmula da competição e a de todos contra todos.

Se classificam o melhor colocado dos dois países das Américas do Sul e Central (99% de chances para o Chile), e o melhor colocado da América do Norte e Caribe. Cuba tem um leve favoritismo sobre a renovada e boa seleção estadunidense; o México, caso participe, tem chances mínimas. Com os dois últimos classificados para o mundial conhecidos, ambas seleções não terão vida fácil no Egito.

O Chile, o maior favorito do torneio de repescagem, caso se classifique, ficará no grupo G, ao lado do Egito, da Suécia e da República Tcheca, enquanto o representante do Caribe e América do Norte terá vida dura no grupo E, enfrentando as fortíssimas França, atual prata olímpica na Rio/2016, a Noruega, última vice-campeã europeia, em 2020, e a Áustria, menos tradicional nos últimos anos, mas que vem melhorando sua posição gradativamente na Europa.

Galeria de fotos do sorteio de grupos do Mundial masculino do Egito/2021...

Cairo Indoor Stadium, maior ginásio para o Mundial/2021 (16.900 pessoas)

Com fotos e logomarcas da IHF.

 
 
 
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