Brasil é hexacampeão de handebol feminino nos Jogos Esportivos Pan-Americanos
- Cláudio Moura
- 31 de jul. de 2019
- 3 min de leitura

Arte, site Tchê Esportes

O Brasil provou, na noite da terça-feira, 30 de julho, em Lima/Peru, que a hegemonia continental no handebol feminino não é por acaso. Com uma vitória épica, que mostrou a capacidade de reação da equipe, o sete brasileiro venceu as argentinas por 30 a 21, depois de um empate de 12 gols ao intervalo. Foi a sexta conquista consecutiva da seleção feminina nos Jogos Pan-Americanos e, automaticamente, o carimbo no passaporte para a sexta olimpíada consecutiva, dessa vez a de Tóquio/2020.
O Brasil não realizou um bom primeiro tempo, errando muito no ataque e com a defesa frouxa e desatenta. A Argentina, em contrapartida, jogou possivelmente a melhor primeira etapa de sua história, com a goleira Marisol Carratu defendendo sete bolas e o ataque funcionado muito bem, com gols de arremessos de longa distância, no "um contra um" e na posição de pivô. O Brasil estava ansioso em suas ações ofensivas, com a central Ana Paula, a lateral direita Deonise Fachinello e a ponteira direita Mariana Costa comentendo muito erros.
O técnico Jorge Duenãs fez uma boa leitura do jogo ainda no primeiro tempo e trocou a goleira Babi, pouco efetiva, pela jovem Renata Arruda, de apenas 20 anos, além de colocar na quadra Bruna de Paula, lateral esquerda. Com essas mudanças o Brasil conseguiu melhorar, empatar e ir para o intervalo mais aliviado para tentar reverter o mau primeiro tempo na volta para a segunda e decisiva etapa.

Paredão no arco brasileiro, com 13 defesas (foto/captura de arquivo)
No retorno para a segunda etapa, o Brasil foi outro em quadra, jogando o handebol que o faz respeitado no mundo inteiro. Com mais mudanças, como a entrada da armadora central Patrícia Matielli, que deu mais velocidade ao ataque, o Brasil disparou no placar e antes dos dez minutos já vencia por 18 a 13, enquanto a equipe alviceleste perdia força no ataque, com a defesa brasileira com outra postura, induzindo as argentinas constantemente ao erro.
O restante do segundo tempo foi de amplo domínio brasileiro, com Bruna de Paula fazendo muitos gols e assistências, alargando a vantagem da seleção verde e amarela. Nos últimos dez minutos, o Brasil ficou à frente do placar com diferenças variadas de 11 a 9 gols.
O técnico Eduardo Gallardo, que dirigiu a equipe masculina argentina por quase 10 anos, assistia ao jogo nitidamente desanimado. Mesmo com a grande melhora no padrão de jogo das argentinas, nos últimos cinco anos, as mesmas ainda não chegaram perto da regularidade das brasileiras, que já pertencem ao seleto grupo da elite do handebol mundial.
Na disputa pela medalha de bronze, Cuba derrotou os Estados Unidos por apenas um gol de diferença (24 a 23), numa partida muito equilibrada. As cubanas chegaram a abrir cinco gols nos últimos dez minutos, mas as estadunidenses encostaram novamente, o que propiciou um final dramático. A Argentina, com o segundo lugar no Pan, disputará um dos pré-olimpicos em março de 2020 para tentar a segunda vaga continental a Tóquio/2020.

Todos os resultados da última rodada do torneio feminino...
Canadá 31 x 12 Peru (disputa do sétimo lugar)
República Dominicana 26 x 24 Porto Rico (disputa do quinto lugar)
Cuba 24 x 23 Estados Unidos (disputa da medalha de bronze)
Brasil 30 x 21 Argentina (disputa da medalha de ouro)
Obs: o torneio masculino, também com oito seleções, começa nesta quarta-feira, 31 de julho, e vale também uma vaga olímpica para o campeão a Tóquio/2020. O Brasil está no grupo B ao lado de México, Porto Rico e Peru e deve passar com facilidade por todos os adversários.
No grupo A, bem mais equilibrado, estão Argentina, Cuba, Chile e Estados Unidos. O Brasil estreia contra o México, às 20h, com transmissão do Sport TV3, e de todas as partidas do torneio pelo Portal R7, do grupo Record, para a internet.

Galeria de fotos da grande final entre Brasil e Argentina...














Arte, site Tchê Esportes
