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Cuba vence o primeiro torneio masculino da Norca e se classifica para o Mundial de nações emergentes

  • Cláudio Moura
  • 16 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura

Cuba, a vitoriosa do campeonato da Norca

Foi realizado entre 8 e 14 de abril, em Santo Domingo/República Dominicana, o primeiro campeonato de nações emergentes do handebol masculino do Caribe e da América do Norte, com 12 países. A nova Federação do Caribe e da América do Norte conseguiu numa luta política separar o handebol continental em duas federações: a sua e a das Américas do Sul e Central.

A competição foi disputada no Pavilhão do Handebol do Comitê Olímpico Dominicano (foto abaixo), de boas lembranças para o Brasil. Lá conquistamos, em 2003, o primeiro ouro masculino dos Jogos Esportivos Pan-Americanos, além do bicampeonato no feminino; ambas conquistas sobre a Argentina, sendo que no masculino na prorrogação por um gol de diferença.

A competição teve algumas partidas muito equilibradas, em especial nas semifinais e na disputa de medalhas, no domingo (14). Porém, no geral, os países emergentes de fato (Haiti, Barbados, São Cristóvão & Neves,Trinidade e Tobago e Domenica) estão bem abaixo dos demais países da região, com um nível técnico ainda bem primário e com erros típicos de quem está começando.

A boa surpresa foi a Martinica, que fez ótimas partidas e terminou em sexto lugar. A seleção de uma pequena ilha caribenha demonstrou que o intercâmbio com o handebol francês, o melhor do mundo, serviu para a equipe ganhar um bom padrão de jogo.

Ficou claro os diferentes níveis dos competidores: Cuba, Porto Rico, República Dominicana e Estados Unidos, a elite da região; México, Martinica e Canadá, o grupo intermediário; e Haiti, Barbados, Domenica, São Cristóvão e Neves e Trinidade e Tobago num desenvolvimento muito inicial. Não participou da competição a Groenlândia, a melhor equipe da região.

As partidas das semifinais e finais foram muito equilibradas. A República Dominicana jogou, na semifinal contra os Estados Unidos, duas prorrogações e perdeu por 41 a 40. No domingo, 14 de abril, na luta pelo bronze, os dominicanos novamente jogaram duas prorrogações e venceram por um gol a equipe de Porto Rico. Estados Unidos e República Dominicana foram as equipes com maior regularidade durante todo torneio.

A grande final foi um grande jogo. Cuba, que até então vinha jogando sem muito brilho, fez uma excelente partida, terminando o primeiro tempo com um 21 a 17 sobre a seleção estadunidense. O Goleiro Magnol Suárez (foto abaixo) defendeu 18 incríveis arremessos dos adversários. Magnol, de 21 anos e dois metros de altura, foi jogador de vôlei antes de se definir pelo handebol.

Magnol Suárez, de Cuba, eleito o melhor goleiro do torneio

No segundo tempo, Cuba permaneceu na frente até quase o final, quando a seleção dos Estados Unidos empatou o jogo em 33 gols. Mais uma vez uma partida foi para a prorrogação. Com grande atuação do lateral esquerdo Rainer Taboada, que marcou 10 gols na partida, Cuba venceu ao final por 37 a 36.

Vale citar que o handebol dos Estados Unidos melhorou muito desde julho de 2018, quando o sueco Robert Hedin (foto abaixo) assumiu o comando da seleção adulta, além da supervisão das seleções juvenil e junior. Ele conseguiu classificar sua equipe para Lima/2019 ao vencer o Canadá em duas oportunidades no ano passado. Hedin, de 52 anos, foi medalhista de prata, como atleta, nas Olimpíadas de Barcelona (1992) e Atlanta (1996).

O handebol nos EUA é praticamente amador, com poucos atletas jogando no exterior, dentre estes Gary Hines, de 35 anos, o craque do time, e os dois irmãos Ian e Patrick Hueter que jogam na segunda divisão do forte handebol alemão. É notável a evolução do padrão de jogo da equipe em menos de um ano. O último título de expressão dos EUA foi ouro em Indianápolis, em 1987, na primeira participação do handebol nos Jogos Esportivos Pan-Americanos.

O sueco Robert Hedin, de 52 anos, treinador dos Estados Unidos

Com o título conquistado no domingo, Cuba será o representante continental no Mundial dos Emergentes, que será realizado na Geórgia em junho próximo. Além dos donos da casa e de Cuba, participam mais dez seleções.

O técnico cubano Luís Enrique Deslisle (foto abaixo) afirmou que levará os alguns profissionais que jogam na Europa, que utilizará em Lima/2019, para o Mundial da Geórgia. Ele admite que a defesa ainda precisa melhorar seu rendimento. Segundo ele, três jogadores de defesa não jogaram o torneio da Norca em virtude de compromissos na Europa com seus clubes.

O técnico de Cuba

Classificação Final do Torneio do Caribe e América do Norte...

1) Cuba

2) Estados Unidos

3) República Dominicana

4) Porto Rico

5) México

6) Martinica

7) Canadá

8) Haiti

9) Dominica

10) Trinidade e Tobago

11) São Cristóvão e Neves

12) Barbados

A seguir, galeria da grande final entre Cuba e Estados Unidos...

Com fotos e arte da internet e da Federação Dominicana de Handebol.

 
 
 

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