Correios deixam de patrocinar as seleções brasileiras de handebol
- Cláudio Moura
- 2 de fev. de 2019
- 2 min de leitura

Na contramão dos bons resultados que o handebol brasileiro vem obtendo, como o nono lugar no último Mundial masculino da Alemanha/Dinamarca, foi divulgado na quinta-feira, 31 de janeiro, que os Correios não irão mais patrocinar o handebol brasileiro, o que vinha ocorrendo desde o final de 2015.
Os motivos não foram anunciados. O esporte perde em menos de dois anos os seus dois patrocinadores: Banco do Brasil, que era o master, e os Correios. O BB deixou de patrocinar nossa seleções, a partir de junho de 2017, alegando quebra de confiança com a Confederação da modalidade, que esteve envolvida em atos de corrupcão, até aqui não solucionados.

A seguir, matéria com maiores detalhes publicada pelo site Globo Esporte.com...
O handebol masculino do Brasil acaba de voltar da Alemanha e da Dinamarca com a histórica campanha que levou o país ao nono lugar do Mundial. O retorno, contudo, não traz, ao menos em um primeiro momento, alívio financeiro para a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). Na última quinta-feira, o contrato de patrocínio com os Correios, o último que restava, encerrou-se sem previsão de renovação. No último ciclo, a entidade recebeu R$ 3,2 milhões entre 2017 e 2019.
O dinheiro só poderia ser usado para os acampamentos da CBHb, exatamente de onde saíram nos últimos anos alguns dos nomes que levaram o Brasil ao nono lugar e a vitórias sobre Croácia, Rússia e Sérvia no Mundial. Agora, a confederação conta apenas com a verba da Lei Agnelo Piva, que em 2019 será de R$ 2.888.152,16. E também a parceira "Kempa" de materiais esportivos.
É com esse dinheiro que o handebol brasileiro irá se preparar para o Mundial feminino, que acontece em dezembro, e antes disso, para os Jogos Pan-Americanos, que valem vaga nos dois naipes para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Procurada pelo GloboEsporte.com, a CBHb informou que discute com os Correios sobre a possibilidade de renovação do vínculo, e que nenhum contrato de patrocínio dos Correios foi renovado automaticamente. Ademais, disse que aguarda um novo posicionamento do antigo parceiro.
Durante o último ciclo olímpico, o handebol brasileiro recebeu uma das maiores cotas de patrocínios, com auxílio também do Banco do Brasil, que não renovou contrato. A entidade também passou por crise política e administrativa, com o ex-presidente Manoel Oliveira sendo afastado pela justiça depois de ter sua reeleição contestada pela oposição. Ele acabou afastado por problemas de saúde e foi substituído por Ricardinho, até então seu vice.
Na quinta-feira, o contrato dos Correios com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) também chegou ao fim. Após os Jogos Olímpicos do Rio-2016, por exemplo, a estatal reduziu em praticamente um terço o repasse destinado aos esportes aquáticos - passou a ser de cerca de R$ 5,7 milhões por ano, contra R$ 16 milhões anuais até a Olimpíada.
