Federação Pan-Americana, em assembleia geral, decide não acatar punição da IHF
- Cláudio Moura
- 27 de fev. de 2018
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Reunida no começo do mês de fevereiro, em Buenos Aires/Argentina, a cúpula do handebol das Américas decidiu por unanimidade que lutará em todos os foros esportivos mundiais para que a punição imposta pela Federação Internacional de Handebol, que suspende as seleções e os clubes do continente de qualquer campeonato mundial, seja revista.
O problema que gerou o impasse é de ordem politica. A IHF quer desmembrar o handebol americano em duas Federações: uma com países da América do Sul e do Caribe; e a outra com os países Centro-Americanos e os Norte-Americanos. Mario Moccia, que dirige o handebol argentino e a Federação das Américas, entende que não há motivo para o desmembramento, considerando intromissão indevida e sem critérios no handebol continental.
A seguir, a nota completa emitida pela executiva da Federação Pan-Americana...
Declaração do Conselho Diretor da Federação Pan-Americana de Handebol
Rejeitar a decisão do Conselho da Federação Internacional de Handebol de suspender e dividir a Federação Pan-Americana de Handbol. Como já foi relatado várias vezes, essa decisão não respeitou os processos adequados, tanto do direito estatutário como do direito de legítima defesa, da qual nossa Federação foi privada.
Ratificar todas as ações tomadas pelo Presidente da Federação, o Sr. Mario Moccia, a partir do Congresso Extraordinário de Bogotá até à data, para defender os direitos da Federação e seus membros no contexto do conflito que afeta atualmente a nossa Federação com a Federação Internacional de Handebol, que intencionalmente pretende suspender e dividir.
Não reduzir nossos esforços e reafirmar que a Federação Pan-Americana de Handebol continuará a defender seus direitos de permanecer unida. Esta Federação recorrerá a todas as instâncias políticas e legais para preservar a estrutura que seus Membros decidiram legítimamente manter.
Reafirmar que a Federação Pan-Americana de Handebol é uma entidade legalmente independente da Federação Internacional de Handebol (e de qualquer outra entidade). Lutaremos para respeitar nossa independência administrativa. A Federação Internacional de Handebol não tem direito sobre nossas decisões administrativas ou financeiras, que sempre tiveram o esporte como beneficiário máximo.
Afirma que, apesar de rejeitar completamente a suspensão, aceitamos exclusivamente o aspecto esportivo, para proteger as classificações de nossos membros afiliados e atletas.
Não permitiremos que não seja decidido por nós os destinos do handebol em todo o nosso continente. América unida, sempre!
