Brasil perde amistoso contra a França
- Cláudio Moura
- 30 de set. de 2017
- 3 min de leitura

Gabriela Moresch, de 1 metro e 90 cm, uma das novatas no jogos contra a França
A seleção feminina adulta finalmente teve um teste forte depois da Olimpíada de 2016. Em um jogo amistoso contra a França, atual vice-campeã olímpica, realizado na cidade francesa de Brest, o Brasil foi derrotado por 23 a 21 (10 a 9, no primeiro tempo, para a França), na sexta-feira, 29 de setembro.
O Brasil jogou desfalcado das ponteiras direitas Alexandra Nascimento e Jéssica Quintino, enquanto a França não jogou com seis jogadoras que fizeram parte da campanha olímpica de 2016. Independentemente dos desfalques, ambas seleções estão renovando seus elencos.
O Brasil começou mal a partida e já perdia por cinco a um aos seis minutos. Passados os primeiros minutos de estudos e nervosismo, por parte do Brasil, o sete nacional se aproximou no placar e embora nunca tenha passado à frente ou empatado, terminou o primeiro tempo apenas um gol atrás no marcador.

Goleira francesa Cléopâtre Darleux, com 11 defesas, foi fundamental para a vitória
O Brasil empatou em 10 a 10 logo na volta para o segundo tempo e manteve o jogo equilibrado até os seis minutos, mas erros no ataque, como bolas mal passadas, arremessos antecipados e bolas perdidas quando o Brasil ia na direção do gol, fizeram com que a França aproveitasse bem os contra-ataques e voltasse, depois dos quinze minutos, a abrir cinco gols de vantagem.
Nos últimos sete minutos, com a França menos agressiva, o Brasil voltou a encostar no placar e tornou a empatar aos 24 minutos; foi ultrapassado novamente em dois gols, aos 27 minutos, e ficou a um gol do empate no minuto seguinte, mas voltou a errar na hora do arremesso, permitindo com que a França marcasse o gol 23 no minuto 29. O Brasil teve a chance de diminuir no último segundo, mas a goleira francesa (foto) brilhou e defendeu um arremesso vindo da extrema-direita da quadra.

Técnico Jorge Dueñas avaliou como boa a atuação brasileira
Ao final da partida, o treinador espanhol Jorge Duenãs disse que gostou do que viu. Segundo ele, com apenas quatro dias de treinamento, e várias atletas novas no elenco, o Brasil teve bons momentos, não se desesperou quando teve duas vezes com cinco gols atrás no placar, e não só teve um resultado melhor porque errou em movimentações decisivas no ataque.
Duenãs avaliou como positiva o fato de ter utilizado as 18 atletas convocadas. Entende que amistosos são fundamentalmente para isso. O Brasil faz o segundo jogo contra a França no domingo, 1 de outubro, em Paris. As partidas fazem parte da fase final de treinamentos para o Mundial da França, que acontece em dezembro, na Alemanha. O Brasil estava invicto contra a França desde 2009.

Equipe que foi à França...
Goleiras - Bárbara Arenhart (Vaci NKSE-Hungria), Gabriella Moreschi (Larvik HK-Noruega) e Mayssa Pessoa (Rostov Don-Rússia).
Armadoras - Bruna de Paula (Fleury Loiret Handball-França), Carolline Dias Minto (Fleury Loiret Handball-França), Deonise Fachinello (CS Magura Cisnadie-Romênia), Eduarda Amorim (Gyori Audi ETO-Hungria), Juliana Malta (Dínamo Bucareste-Romênia) e Patrícia Batista da Silva (Kastamonu Belediye GSK-Turquia).
Centrais - Ana Paula Rodrigues Belo (Rostov Don-Rússia) e Daniele Cristina Joia (EC Pinheiros-SP).
Pontas - Bruna Gonçalves Rodrigues (São Bernardo/Unip-SP), Dayane Pires da Rocha (São Bernardo/Unip-SP), Mariana Costa (CS Magura Cisnadie-Romênia) e Samira Rocha (Kisvarda Master Good SE-Hungria).
Pivôs - Lígia Costa Maia da Silva (Pogon Szczecin-Polônia), Tamires Costa (EC Pinheiros-SP) e Tamires Morena de Araújo (Larvik HK-Noruega).
Comissão técnica Técnico: Jorge Dueñas Auxiliar técnico: Sérgio Graciano Supervisor: Álvaro Herdeiro Assistente técnico: Cristiano Rocha Médica: Pauline Buckley Preparador físico: Fausto Steinwandter Fisioterapeuta: Marina Calister Nutricionista: Júlia do Valle Bargieri
