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Sara encontra no handebol a motivação para lutar contra a obesidade e o diabetes

  • Cláudio Moura
  • 25 de set. de 2017
  • 2 min de leitura

Jovem capixaba muda sua vida com a prática do handebol

A excelente história contada pelo repórter Leonardo Filipo, do site globoesporte.com, mostra como o esporte pode ser importante na vida de uma pessoa. A jovem Sara, da cidade de Serra, no Espírito Santo, largou uma vida sedentária e começou a jogar handebol na escola, no início, meio contra sua vontade.

A seguir, acompanhe essa bela história de transformação e superação...

A pequena Sara Vasconcellos não queria saber de mais nada além de ficar em casa jogando no computador. Preguiça de ir para a escola, de sair do lugar. A letargia imperava e a obesidade perigava se tornar um jogo complicado de vencer.

Preocupada que a filha seguisse o caminho do pai, que morreu de diabetes, a mãe de Sara perguntou se na escola pública onde ela estudava, na cidade capixaba de Serra, havia um esporte para praticar...

- Eu disse que tinha handebol, mas eu não gostava. Ela meio que me obrigou a ir. Acabou dando certo. Na verdade eu não emagreci, eu só estiquei (risos).

Sara esticou a ponto de virar uma baita goleira. Atraiu a atenção do Colégio Castro Alves, que lhe ofereceu uma bolsa de estudos para defender a instituição privada de Cariacica, que representou, em meados se setembro, o Espírito Santo nos Jogos Escolares da Juventude, em Curitiba.

Sara em ação nos Jogos Escolares da Juventude

Não fosse o handebol a família de Sara não teria como pagar a mensalidade, o material e o transporte para o colégio. A mãe, Leila Motta, aluga pulas-pulas em praças e festas. Na mesma casa em Nova Carapina 1 também moram o padastro e a irmã mais nova de Sara. A menina acorda às 4 da manhã para estudar, treina à tarde e só volta para casa no início da noite. Não sobra mais tempo e nem disposição para o computador.

No colégio, Sara teve contato com o "Poeta dos Escravos". Contou que este ano os alunos fizeram um seminário e uma prova sobre Castro Alves.

- Ele meio que mostrava o que os escravos sofreram, e por isso muitas pessoas não gostavam dele. Mesmo ele sendo uma pessoa de boa classe social, ele entendia o sofrimento dos escravos e tentava ajudar. Ele foi meio que a pessoa que iniciou esse representatividade - disse a aluna.

Fã de Geandra, goleira capixaba que defende o Pinheiros e a seleção brasileira juvenil, Sara pretende seguir no esporte. Caso não dê certo, a mãe que a obrigou a entrar no handebol já tem uma alternativa: concurso para a Polícia Federal.

- A Sara tem uma história humilde. Às vezes ela toma um ou outro gol que daria para ser defendido, mas todo jogo ela defende no mínimo cinco bolas que nenhuma goleira defende. Isso faz a diferença a nosso favor. Ela não desanima quando erra, tenta ajudar e baixa a cabeça para ouvir quem tem mais experiência que ela. Isso é bonito, afirma o seu treinador Emerson Erlache.

Time do Colégio Castro Alves, do Espírito Santo

Com informações, texto e fotos do site globoesporte.com.

 
 
 
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