Jorge Dueñas, novo treinador da seleção feminina, começou o seu trabalho em agosto
- Cláudio Moura
- 6 de set. de 2017
- 3 min de leitura

Contratado no começo de junho, para ser o novo técnico da seleção feminina, o espanhol Jorge Dueñas finalmente assumiu o comando da sua nova missão: manter o handebol feminino adulto na elite mundial.
Jorge ministrou cursos de atualização tática, técnica e das novas regras em Manaus no final do mês de agosto. Ele terá três meses para preparar a seleção adulta para o Mundial da Alemanha, em dezembro. O Brasil conquistou o seu primeiro título em 2013, na Sérvia e, em 2015, ficou em décimo lugar no Mundial da Dinamarca.
A seguir, uma matéria do site Globo Esporte, que mostra o novo momento da seleção feminina e as expectativas para o novo Ciclo Olímpico...

O novo técnico da seleção brasileira de handebol feminino, Jorge Dueñas, quer fazer história na comissão técnica do time Canarinho. Após as meninas, sob o comando do dinamarquês Morten Soubak, entrarem como favoritas pelo menos ao pódio na Olimpíada de 2016, mas sair do Rio de Janeiro com uma modesta eliminação nas quartas de final, o espanhol já trabalha duro pensando nos Jogos de Tóquio, em 2020. O primeiro passo, no entanto, é garantir a classificação. Com a medalha de bronze em Londres 2012, com a Espanha, o treinador tem um requisito a seu favor: a experiência.
"Temos uma seleção brasileira com uma boa trajetória, sendo inclusive campeã mundial em 2013. Este é um desafio muito importante para minha carreira esportiva e enfrento com a máxima dedicação e muita motivação para colocar o Brasil em maior nível do handebol internacional", destacou Jorge Dueñas.
No ano passado, o Brasil foi eliminado em confronto contra a Holanda, nas quartas de final. O profissional, que ministrou - nos últimos dias - um curso internacional das modalidade em Manaus, exaltou o trabalho realizado pela gestão anterior.
"O convite da Confederação Brasileira foi, para mim, algo muito satisfatório, pois a proposta é tocar um trabalho feito anteriormente no handebol. Aceitei a proposta, também, porque aqui as pessoas gostam deste esporte e temos no Brasil o handebol muito bom a nível escolar" - acrescentou.
No comando da seleção desde junho, Dueñas já projeta uma metologia de trabalho, que agrega, principalmente, a maior difusão do esporte pelos quatro cantos do país.
" O Brasil é um país muito diferente do meu habitual. Ele é grande, as características físicas de cada estado são muito diferentes, mas isso também pode ser muito bom, porque pode revelar diferentes tipos de desempenho no handebol. É difícil controlar todas as jogadoras que temos no país, mas vamos tentar conhecê-las ao máximo, potencializar esses talentos, e tentar que todas as jogadoras do Brasil possam ter a oportunidade de fazer parte da seleção brasileira, através de um controle dos técnicos da Confederação. Esse é um dos objetivos inclusive do Curso" - finalizou.
Curso internacional
Nos últimos três dias, Jorge observou as principais tendências do esporte olímpico para 80 profissionais do Amazonas e de Boa Vista (RR), através do Curso Internacional de Handebol. O evento ocorreu na Vila Olímpica, em Manaus, e somou pouco mais de 20 horas de aulas práticas e teóricas desde a última sexta-feira. A ação foi uma realização da Liga de Handebol do Amazonas (Liham).
O Curso contou com dez aulas, sendo cinco aulas teóricas e cinco práticas. Durante este tempo, o treinador olímpico avaliou que o Amazonas tem características bem específicas e que o mais importante agora é trabalhar para que os profissionais da região possam se adaptar ao estilo dos atletas desta parte do País, uma vez que essa diferença para o restante do Brasil pode ser o grande diferencial dos jogadores da terrinha baré.
- "O Amazonas tem uma característica bem diferente, pois tem mais jogadoras pequenas e isso também é importante, porque os treinadores tem que se adaptar a este tipo. Não podemos pensar em apenas impor uma forma de jogo, mas temos que nos abrir às características que cada jogadora tem. Temos que trabalhar ataque, contra-ataque, defesa, físico, porque o handebol tem diferentes especialidades" - frisou.
