top of page
Buscar

Seis de agosto de 2016: há um ano começava o handebol na Olimpíada Rio/2016

  • Cláudio Moura
  • 6 de ago. de 2017
  • 3 min de leitura

"Arena do Futuro", palco de grandes emoções no handebol olímpico

Num sábado ensolarado, 6 de agosto de 2016, começava o handebol na Rio/2016. O Brasil, no feminino, enfrentava a então bicampeã Noruega, que em 2012, em Londres, havia tirado o Brasil da luta por uma medalha, nas quartas de final.

No Rio, o Brasil deu o troco, ao menos na estreia, ganhando por 34 a 32 das escandinavas. Renascia com força a esperança da família do handebol e da torcida em ver o Brasil ganhar uma medalha olímpica, depois do inédito e espetacular título mundial conquistado na Sérvia, em 2013.

O Brasil fez uma boa campanha na primeira fase, terminado em primeiro lugar no seu grupo, com vitórias sobre Noruega, Romênia, Angola e Montenegro, e apenas uma derrota para a Espanha. No cruzamento de quartas de final o Brasil foi derrotado pela Holanda, num segundo tempo irreconhecível. Derrota por 32 a 23, e o sonho de medalha adiado para Tóquio/2020. O Brasil ficou em quinto lugar, melhor colocação do handebol feminino em cinco Olimpíadas.

Ana Paula Rodrigues, central brasileira, no jogo contra a Noruega

Deonise Fachinello, lateral direita, uma das mais regulares da Rio/2016

A mascote do handebol na Rio/2016

No domingo, dia 7 de agosto, foi a vez do começo do torneio masculino. O Brasil estava num grupo muito forte, ao lado da Alemanha, que havia sido campeã europeia, em janeiro; da Polônia, medalha de bronze no Mundial do Qatar, em 2015; da Suécia, medalha de Prata em Londres/2012; do Egito, campeão africano; e da Eslovênia, uma seleção que vem crescendo muito na Europa, tanto que conquistou o bronze na Mundial da França, em janeiro de 2017.

O Brasil fez sua estreia contra a Polônia e ganhou bonito. Jogou uma partida muito boa e venceu por 34 a 32, levando a torcida ao delírio. Na sequência, contra a Eslovênia, jogou bem, mas cometeu alguns erros coletivos e acabou perdendo por três gols.

A terceira partida colocava o Brasil diante da jovem, talentosa e gigante seleção alemã. Foi então que o handebol masculino adulto viveu o seu dia de maior glória na história, vencendo a Alemanha por 31 a 28, num jogo em que o sete brasileiro foi perfeito. A vitória praticamente classificava o Brasil para as quartas de final, mesmo com dois jogos ainda por realizar, contra o Egito e a Suécia.

Thiagus Petrus, símbolo da raça do handebol brasileiro

Haniel Langaro, lateral esquerdo, decisivo na vitória contra a Alemanha

Nos dois últimos jogos da primeira fase, contra Egito e a Suécia, o Brasil empatou a primeira partida e perdeu a última.

O jogo contra o Egito, que terminou empatado, foi extremamente equilibrado. O goleiro Maik do Santos, grande figura dos Jogos, defendeu uma penalidade máxima faltando apenas 15 segundos. No contra-ataque, quase que o Brasil vence a partida.

No último jogo, contra a Suécia, que foi a lanterna do grupo, com quatro derrotas, o Brasil fez a sua única apresentação abaixo da média e acabou sofrendo uma dura derrota por 30 a 19. Com a terceira posição consolidada, o adversário nas quartas de final era nada mais nada menos que a então bicampeã olímpica, a França.

Maik dos Santos, um dos melhores goleiros da competição

Para chegar a uma das semifinais o Brasil teria que voltar a fazer uma partida perfeita, como foi contra a Alemanha na fase de grupos, diante da França. E o fez, no primeiro tempo, quando o jogo terminou empatado em 14 a 14, com grande atuação do pivô Tchê, que marcou cinco gols.

O Brasil continuou com a partida equilibrada até os 12 minutos do segundo tempo, quando o time sofreu um apagão de alguns minutos, que foi o suficiente para que os franceses, acostumados com decisões, passassem à frente, terminando jogo com uma vitória de 34 a 27. O Brasil ficou com a sétima colocação, a exemplo do feminino, a melhor colocação em cinco participações. O Brasil pode se orgulhar de ter vencido a Alemanha, medalha bronze, e a Polônia, quarta colocada.

Morten Soubak, grande treinador do time feminino

Jordi Ribera, atualmente na Espanha, foi o técnico no masculino

Muito da evolução do handebol brasileiro, no último ciclo olímpico, deve-se ao excelente trabalho dos treinadores Morten Soubak (feminino) e Jordi Ribera (masculino). O feminino já está na elite do handebol há quase uma década, enquanto o masculino evoluiu muito nos últimos cinco anos.

Morten está atualmente no handebol de Angola, onde dirige um clube feminino local e ajuda na seleção. Ele deixou o comando da seleção, em dezembro de 2016, alegando divergências com a Confederação Brasileira de Handebol.

Jordi, depois de um excelente trabalho no Brasil, em suas duas passagens pelo Brasil, foi convidado a dirigir a seleção masculina adulta do seu país, a Espanha, além de comandar as demais seleções masculinas, mesmo trabalho que exercia com sucesso no Brasil.

"Arena do Futuro", sempre com bons públicos

Com fotos e logotipos do COB e CBHb.

 
 
 
bottom of page