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Morten Soubak, ex-treinador da seleção feminina, lança escola de handebol para crianças a partir de

  • Cláudio Moura
  • 15 de fev. de 2017
  • 3 min de leitura

Morten Soubak deixou o comando técnico da seleção feminina, mas não deixou o Brasil e muito menos o handebol. Prepara-se para lançar uma escola de formação da modalidade, a partir dos seis anos de idade, em várias cidades do Brasil. Ele conta com um parceiro nessa grande empreitada, que visa transformar, a médio prazo, o Brasil numa potência mundial da modalidade.

O projeto não conta com a participação da CBHb, mas com as credenciais que Morten possui ninguém duvida que o projeto tem tudo para ser um grande sucesso.

Morten em meio a jovens promessas do handebol, na Paraíba

A seguir, o texto completo sobre o tema, produzido pelo site Globo Esporte...

"Foram sete anos no comando da seleção brasileira feminina. Sob a batuta de Morten Soubak, o handebol deu um salto de qualidade impensável antes de sua chegada ao país. De azarão, o Brasil tornou-se campeão do mundo em 2013, na Sérvia. O casamento, porém, chegou ao fim após a Olimpíada Rio 2016, quando a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) optou por não renovar seu contrato. Os laços com o Brasil, contudo, não terminaram, pelo contrário. Com o coração verde e amarelo, o dinamarquês vai seguir ajudando a modalidade com um projeto que promete revolucionar o handebol brasileiro.

Ao lado do amigo Carlos Augusto, de Resende, interior do Rio de Janeiro, Morten deu o start em um projeto de handebol para crianças de seis a 14 anos de idade. O "Mais Handebol Morten Soubak" pretende estimular a iniciação esportiva precoce no país, assim como acontece em países como o seu, a Dinamarca, e outras nações nórdicas. Na primeira fase, as escolas estarão disponíveis no Rio de Janeiro e em São Paulo, com três filiais em cada estado. Depois, a ideia é penetrar Brasil adentro. Ainda em fase de aprovação, o projeto não tem data de inauguração, mas pode ter início ainda em 2017.

Morten dirige atualmente o clube feminino Primeiro de Agosto, em Angola

Estou bem animado para esse projeto. Seria uma honra poder ajudar de uma forma ou outra para as crianças se divertirem e se encontrarem com o handebol desde os seis anos de idade. Eles poderão começar mais cedo do que o normal hoje no Brasil. Essa é a grande diferença desse projeto. A ideia é tentar convidar meninos e meninas a partir de seis anos. Poucos lugares no Brasil oferecem aulas de handebol nessa idade. As escolas que existem oferecem para crianças mais velhas apenas - explica Morten.

As aulas serão gratuitas e o projeto será viabilizado através da lei de incentivo ao esporte do governo federal. O programa pretende colocar à disposição das crianças uma equipe multidisciplinar com fisioterapeutas, psicólogos, treinadores, profissionais de educação física e ajudantes. Morten irá monitorar tudo de perto para que a dinâmica e filosofia seja igual em qualquer uma das escola.

- Quando começamos a conversar, eu e Carlos Augusto falamos das diferenças de como se começa nos países nórdicos e os outros países do mundo com relação ao Brasil. Cada escola vai receber o meu material e toda a estrutura necessária para implementar o projeto. Cada professor, em qualquer escola, vai ter as mesmas ideias e filosofias, treinando a mesma coisa. Isso eu acredito que seja o maior diferencial do projeto para o handebol praticado no Brasil - garante Morten.

Quando ainda dirigia a seleção brasileira, Morten rodava o Brasil com cursos de handebol para técnicos profissionais e amadores. As aulas eram teóricas e práticas, com simulação de treinamento para cada posição, estratégia de ataques e defesas, planejamento e avaliação de jogo. Os módulos duravam três dias e mostravam o estilo de jogo adotado pelo treinador e a sua forma de entender o handebol. Foi numa aula dessas que ele conheceu Carlos Augusto, parceiro no projeto.

Desde que deixou o Brasil, Morten está em Angola, treinando a equipe do 1º de agosto, base da seleção do país que surpreendeu na Rio 2016 e chegou nas quartas de final. Na África, o treinador não encontrará a barreira da língua, seu primeiro desafio quando chegou ao Brasil, ainda para treinar o time masculino do Pinheiros, de 2005 a 2009.

- Tenho três semanas de trabalho aqui e está bem legal. O clima é ótimo e estamos treinando bem. É um novo desafio na minha vida e estou gostando muito - disse o treinador, que após o título mundial do Brasil em 2013 chegou a ser cotado para treinar a seleção da Dinamarca, mas ficou no país para a Olimpíada".

Com informações e fotos do site Globo Esporte.

 
 
 
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