França é hexacampeã de handebol masculino adulto
- Cláudio Moura
- 30 de jan. de 2017
- 3 min de leitura
Os franceses podem ser orgulhar de ter, desde o início do Século Vinte e Um, a melhor seleção de handebol masculino da história, além de ser a mais vencedora. Não é à toa que os atletas são chamados pela torcida de "os especialistas".
Na tarde do domingo, 29 de janeiro, a França conquistou o seu sexto campeonato mundial ao vencer a Noruega por 33 a 26 (18 a 17, para França, no primeiro tempo), em Paris, empurrada por mais de 15 mil fanáticos torcedores. O handebol já é o segundo esporte mais popular do país, perdendo apenas para o futebol.
Vincent Gerard, goleiro francês, foi fundamental no título do Mundial
A partida foi equilibrada no primeiro tempo, porém os noruegueses fizeram um jogo muito consistente no ataque e na defesa, com o goleiro Bergerud defendendo muito bem até os vinte minutos.
Do lado da França, na defesa, o arco defendido pelo legendário Thierry Omeyer esteve vulnerável, com poucas defesas do experiente goleiro. Foi quando o treinador Didier Dinart, que é considerado o melhor defensor de toda a história da modalidade, colocou em quadra o outro goleiro, Vincent Gerard, que começou a mudar a história da partida ainda no primeiro tempo.
Nikola Karabatic, fundamental no segundo tempo, foi eleito o MVP do Mundial
O segundo tempo recomeçou com sucessivos erros no ataque da jovem equipe da Noruega, o que bastou para que a França antes dos quinze minutos livrasse cinco gols de vantagem, o que numa final fica praticamente impossível de ser revertido.
Nikola Karabatic, de atuação discreta na etapa inicial, foi fundamental na reação dos franceses, que dispararam no placar, chegando a estar oito gols à frente.
Foi a vitória daquela que, de fato, foi a melhor seleção em todos os aspectos, com nove jogos e nove vitórias.
Eslovenos comemorando o primeiro bronze em Mundiais
No sábado, (28), na decisão do terceiro lugar, a Eslovênia conquistou sua primeira medalha, a de bronze, em um Mundial. Foi uma partida que a Eslovênia virou o placar no último minuto sobre a Croácia, após estar perdendo, até os onze minutos do segundo tempo, por 24 a 16.
Os eslovenos empataram a partida a dois minutos do final, marcando o gol da vitória quando faltavam pouco mais de cinquenta segundos. Placar final, 31 a 30.
A Croácia viveu dois dias desoladores no Mundial, perdendo a semifinal para a Noruega, na prorrogação, depois de ter perdido uma penalidade máxima, que a levaria à final contra a França, no último segundo do tempo normal.
O improvável se repetiria na decisão do terceiro lugar, quando a Croácia ganhava o jogo com folga, mas acabou perdendo a partida por um gol, ao final, após uma reação improvável e heroica da Eslovênia.
Galeria de fotos, decisão do terceiro lugar
Galeria de fotos da grande final
Posições finais das 24 seleções que participaram do Mundial
França (campeã)
Noruega (vice)
Eslovênia (terceiro lugar)
4 Croácia
5 Espanha
6 Suécia
7 Hungria
8 Qatar
9 Alemanha
10 Dinamarca
11 Belarus
12 Rússia
13 Egito
14 Islândia
15 Macedônia
16 Brasil
17 Polônia
18 Argentina
19 Tunísia
20 Arábia Saudita
21 Chile
22 Japão
23 Bahrain
24 Angola
Seleção do Mundial da França
Goleiro: Vincent Gérard (França)
Ponteiro direito: Kristian Bjørnsen (Noruega)
Lateral direito: Nedim Remili (França)
Armador central: Domagoj Duvnjak (Croácia)
Lateral esquerdo: Sander Sagosen (Noruega)
Ponteiro esquerdo: Jerry Tollbring (Suécia)
Pivô: Bjarte Myrhol (Noruega)
Melhor jogador do Mundial: Nikola Karabacic (França)
Goleador do Mundial: Kiril Lazarov, com 50 gols (Macedônia)
Número de títulos Mundias, por países, a partir de 1938
França: seis títulos (1995, 2001 ,2009 ,2011, 2015 e 2017)
Suécia: quatro títulos (1954, 1958, 1990 e 1999)
Romênia: quatro títulos (1961, 1964, 1970 e 1974)
URSS+Rússia: três títulos ( 1982, 1993 e 1997)
Alemanha: três títulos (1938, 1978 e 2007)
Espanha: dois títulos (2005 e 2013)
Iugoslávia: um título (1986)
Checoslováquia: um título (1967)
Croácia: um título (2003)
A vigésima sexta edição do Mundial de handebol masculino ocorre em janeiro de 2019, dessa vez em dois países: Alemanha e Dinamarca, nações pioneiras no handebol, nas décadas de 1910 e 1920.
