Brasil faz sua melhor partida no Mundial da França, mas mesmo assim perde por um gol para a Espanha
- Cláudio Moura
- 22 de jan. de 2017
- 3 min de leitura

João Pedro, armador central, foi o goleador do Brasil com sete gols
O Brasil precisava apagar a impressão de uma equipe instável, apresentada durante toda a primeira fase do Mundial de handebol masculino, que está sendo realizado na França. E conseguiu. O jogo eliminatório das oitavas foi contra a Espanha, duas vezes campeã mundial, uma vez campeã europeia, e três medalhas de bronze em olimpíadas.
A seleção brasileira voltou a jogar como nas duas partidas que venceu as gigantes Polônia e Alemanha, na Rio/2016. Fez um jogo coletivo praticamente perfeito; não sofreu apagões no segundo tempo; e teve volume de jogo no ataque e na defesa, sendo estável nos 60 minutos da partida.

Pivô "Tchê" fez mais uma boa partida
A partida entre Brasil e Espanha, em Montpellier, foi a mais equilibrada do primeiro dia das oitavas de final, que teve outros três jogos.
O Brasil começou o jogo muito concentrado. Era perceptível o estado de atenção do sete brasileiro. Errando muito pouco coletivamente, além de um ótimo trabalho do central João Pedro, do pivô Tchê, do ponta Chiuffa e do goleiro Bombom, eleito o melhor em quadra, com 14 defesas, o Brasil fez um primeiro tempo muito bom, jogando melhor que a Espanha. O placar ao intervalo ficou em 16 a 14.
O Brasil precisava voltar com a mesma regularidade para a etapa final, o que de fato ocorreu, transformando ainda mais a partida num espetáculo sensacional e imprevisível, até o final.

Pivô espanhol, Julen Aguinagalde, muito eficiente em toda a partida
O Brasil voltou forte para a etapa final. Com belas defesas de Bombom, e contra-ataques certeiros, o Brasil chegou a estar quatro gols à frente da Espanha, mas em partidas desse nível não se pode cometer erros ou distrações.
Porém, o Brasil cometeu duas falhas nos últimos três minutos, o que acabou sendo fatal para as pretensões do Brasil passar às quartas de final pela primeira vez na história.
Até os 28 minutos do segundo tempo o jogo esteve empatado em 26 gols, mas José Toledo levou uma exclusão de dois minutos, o que serviu para a Espanha passar à frente por um gol.
Na nova saída, um movimento afobado do central João Pedro acabou colocando a bola na mão do ataque espanhol, que aos 29 minutos aumentou a vantagem para dois gols.
O técnico brasileiro Washington Nunes pediu um tempo técnico e armou uma jogada que acabou surtindo efeito, com Haniel, que voltava à quadra, depois de uma exclusão, e acabou marcando, deixando o Brasil a um gol do empate, mas não havia mais tempo.
O Brasil ficou pela terceira vez consecutiva fora das quartas de final. Havia perdido para a Rússia, em 2013, na Espanha, e em 2015, no Qatar, para a Croácia; as duas derrotas também por apenas um gol.

Goleiro Bombom recebe o reconhecimento de Jordi Ribera, seu ex-técnico
O Brasil aguarda as outras quatro partidas das oitavas de finais, que serão jogadas no domingo (22), para saber qual a sua posição final no Mundial. As posições de nono a décimo sexto lugares são decididas por estatísticas que envolvem os oito perdedores das oitavas de final.
Com quatro derrotas e apenas duas vitórias, além de um saldo de gols negativo, o Brasil deve ficar entre décimo quarto e décimo sexto lugares. No Qatar, em 2015, o Brasil ficou em décimo sexto lugar, dentre 24 seleções.
Resultados das oitavas de final no sábado, 21 de Janeiro
Noruega 34 x 24 Macedônia
França 31 x 25 Islândia
Espanha 28 x 27 Brasil
Slovênia 32 x 22 Rússia
Jogos do domingo, 22 de janeiro
Croácia x Egito
Suécia x Belarus
Dinamarca x Hungria
Alemanha x Qatar
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