Brasil joga muito bem, mas perde no final para a Suíça na decisão da "Yellow Cup" de hande
- Cláudio Moura
- 9 de jan. de 2017
- 2 min de leitura

Dimitrij Kuzzel, lateral direito suíço, salta sobre a área brasileira
A final da quadragésima quinta da "Yellow Cup", realizada na cidade de Winterthur, na Suíça, reservou uma grande partida entre os finalistas, Suíça e Brasil. Um jogo à altura da decisão de um grande torneio.
A partida começou em alta velocidade, com as duas equipes marcando muitos gols sucessivamente. Já aos cinco minutos, o placar apontava empate em três gols. O Brasil atuava muito bem, em especial com os dois laterais, Haniel Langaro e José Toledo. A marcação brasileira, que flutuava entre o 5+1 e o 5+2, confundia o ataque suíço, acostumado com as defesa clássicas 6/0, a mais usada na Europa.
A partir dos sete minutos e até os treze, valendo-se do excelente trabalho do pivô Tchê, o Brasil chegou a estar ganhando de 11 a 6, o que fez com o técnico suíço parasse a partida. O "time out" surtiu efeito. A Suíça apertou sua marcação e começou a aproveitar contra-ataques e os tiros de nove metros, em especial com Zoram Marcovic. A Partida voltou a ficar equilibrada, e nos últimos dois minutos o resultado ficou novamente empatado em 14 gols, resultado final do primeiro tempo.

Zoram Marcovic, importante figura no ataque suíço
O Brasil voltou novamente muito bem na segunda etapa, com volume de jogo no ataque e muito bom trabalho na defesa. Com sete minutos de jogo e resultado do bom posicionamento em quadra, o Brasil disparou três gols à frente no placar.
Na sequência, com algumas pequenas falhas e distrações na defesa, o Brasil deixou a Suíça se aproximar no placar. Quando faltavam sete minutos para o final, empurrado por sua discreta torcida, os donos da casa abriram três gols. Foi quando apareceu a estrela do Nikola Portner, goleiro da Montepellier, da França, e da seleção suíça. O goleiro tranquilo e gélido da equipe local defendeu cinco arremates do Brasil, nos últimos seis minutos, o que acabou sendo fatal para a derrota brasileira por 27 a 25.Na decisão do terceiro lugar, na partida preliminar, a Romênia ganhou da Eslováquia por 30 a 25.

Nikola Portner, figura fundamental para o título da Suíça

Seleção alinhada para cantar o hino, antes da grande final
O técnico Washington Nunes se disse satisfeito com o padrão de jogo da sua equipe. Avaliou que as experiências táticas, de posicionamento e de revezamento dos jogadores, no geral, foram positivas. Comentou também que os principais pontos falhos foram os ataques com sete jogadores, sem goleiro, que deram poucos resultados, além da situação de quando o Brasil esteve em superioridade de jogadores, devido às exclusões dos adversários, e raramente aproveitou para se distanciar no placar.
O Brasil não teve grandes irregularidades individuais e coletivas em nenhuma das partidas. Isso é um bom sinal, o que demonstra que as renovações na seleção não trouxeram perdas na qualidade coletiva do grupo que vai ao Mundial, a partir de 11 de janeiro, na França.

Troféu para o campeão do Mundial da França, entre 11 e 30 de janeiro