Pinheiros/SP é o novo campeão da Liga Nacional feminina
- Cláudio Moura
- 19 de dez. de 2016
- 3 min de leitura

Equipe do Pinheiros comemorado o primeiro título da Liga Nacional
O domingo, 18 de dezembro, entra para a história do handebol feminino de clubes, com a final da Liga Nacional mais emocionante das 20 edições até aqui realizadas.
Pinheiros e Metodista/São Bernardo fizeram um final à altura do status que o handebol feminino adquiriu nos últimos anos, em especial a partir do título do Brasil no Mundial da Sérvia, em 2013.
A jovem equipe do Pinheiros fez uma partida quase que perfeita, derrotando a equipe da Metodista, nove vezes campeã da Liga, e campeã Pan-Americana de clubes.

A goleira Alice Fernandes, do Pinheiros, a melhor jogadora da final
Em um jogo em que as goleiras Ariadine, da Metodista, e Alice, do Pinheiros, foram verdadeiros paredões, a partida foi emocionante até o último segundo, literalmente.
O Pinheiros teve um leve predomínio no primeiro tempo, errou menos e aproveitou melhor suas ações ofensivas. A ponteira direita Isabelinha foi um dos destaques da equipe de São Paulo, marcando vários gols. O segundo tempo prometia muito, e não foi diferente.

Lateral direita Mariane, da Metodista, a artilheira da final com sete gols
Com uma atuação individual espetacular da lateral direita Mariane, a Metodista encostou no placar e chegou a passar à frente por duas vezes. Porém, com muita determinação, o Pinheiros encostou e passou parcialmente no placar novamente.
O jogo seguiu indefinido e emocionante até o último minuto, quando Mariane, pela Metodista, teve a bola do jogo nas mãos (logo ela que vinha sendo extremamente eficiente na etapa final), faltando 15 segundos para o final da partida, mas errou o arremesso.
Na sequência, numa ligação perfeita de contra-ataque feita pela goleira Alice, a ponteira esquerda Ana Cláudia arremessou a bola de forma certeira no último segundo, decretando a vitória do Pinheiros por 25 a 24. A Liga Nacional conhecia uma nova e inédita campeã.

Técnico Sérgio Graciano e a jogadora Marcela, do Blumenau, terceiro lugar da Liga
Na decisão do terceiro lugar, no clássico catarinense, o Blumenau levou a melhor sobre o Concórdia num placar apertado, 21 a 20 (13 a 8, para o Blumenau, no primeiro tempo).
Santa Catarina se afirma como o segundo polo nacional no handebol feminino já há alguns anos, com empresas locais apoiando a modalidade.

Célia Coppi, ponteira direita da Metodista, encerrou sua carreira na final da Liga
Ganhadora de nove títulos nacionais pela Metodista, e eleita a melhor jogadora da competição e também a goleadora, Célia Coppi, de 36 anos despediu-se das quadras com um vice-campeonato.
Ela jogou 18 anos como profissional, participando de várias campanhas vitoriosas da seleção brasileira. Pertence a uma geração em que todas as atletas jogavam no Brasil. Se fosse um pouco mais jovem, certamente, faria carreira em clubes da Europa, com tantas outras talentosas atletas brasileiras o fazem atualmente.
Célia é a última remanescente de um handebol ainda semi-profissional, que era praticado até o final década de 1990. Jogou em alto nível até sua última partida, e faz parte da história da modalidade no Brasil como uma eficiente ponteira direita.

As novas campeãs da Liga Nacional, merecidamente
Sexta-feira (16)
UnC/Concórdia (SC) 17 x 14 Pinheiros (SP)
São Bernardo/Metodista (SP) 29 x 24 Abluhand/FURB/FMD Blumenau (SC)
Sábado (17)
UnC/Concórdia (SC) 19 x 14 Pinheiros (SP)
São Bernardo/Metodista (SP) 27 x 29 Abluhand/FURB/FMD Blumenau (SC)
Domingo (18)
UnC/Concórdia (SC) 20 x 21 Abluhand/FURB/FMD Blumenau (SC)
São Bernardo/Metodista (SP) 24 x 25 Pinheiros (SP)

Os campeões da Liga Nacional feminina, desde 1997
Metodista/São Bernardo/SP-9 títulos
Guaru/SP-4 títulos
Mauá/São Gonçalo/RJ-3 títulos
São Paulo FC/SP-1 título
Ulbra/RS-1 título
Concórdia/SC-1 título
Pinheiros/SP-1 título
